Hora de escolher a carreira certa

Com um pé fora do ensino médio, saber o que quer fazer para o resto da vida não é uma tarefa fácil

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Ao sair do ensino médio, o aluno tem que decidir entre dezenas de cursos que são ofertados por faculdades e universidades. Mas, afinal, qual é a melhor forma de fazer isso?

Em uma construção de ensino, ao completar entre 17 e 18 anos, o aluno que está com um pé fora do ensino médio tem a responsabilidade de escolher com o que quer trabalhar pelo resto de sua vida. Apesar de parecer uma tarefa simples, já que a separação das carreiras acontece por áreas, tomar uma decisão errada nesse momento é mais comum do que se pode imaginar. Sobretudo, porque cada tipo de trabalho possui inúmeras ramificações e áreas de atuação, e nem sempre os jovens se dão conta disso.

A mestre em Gestão Empresarial e coordenadora de Administração da rede Doctum, Sheyla Valkíria Dias Passoni, diz que é importante pesquisar para ter um pouco mais de certeza. Ela destaca que ler sobre as profissões e sobre a empregabilidade de cada curso é essencial nesta etapa.

Estágio

Para ela, a experiência também pode ser decisiva na hora de escolher uma carreira. Por isso, uma das indicações que Sheyla dá é que o aluno faça a um intercâmbio. E, se isso não for possível, que ao menos aposte em estágios.

Ainda que tenha iniciado em um curso, para a mestre, ainda é tempo de trocar, caso o aluno observe que não é aquilo o que ele estava pensando.
“Mas eu ainda bato na tecla de que o conhecimento é o melhor. Os jovens devem ler sobre as áreas que lhes dão prazer só de pensar em trabalhar com aquilo”, pontua.

Dinheiro versus satisfação

Dúvida entre uma carreira que renda mais dinheiro ou satisfação é comum

Na hora de escolher uma profissão, especialistas alertam para alguns fatores: a atuação dela no mercado de trabalho (se essa profissão se sustentará por muito tempo), a rotina do profissional (estresse excessivo não faz bem), a rentabilidade (afinal, o estudante precisa arcar com custos em sua vida adulta) e a satisfação (pois ela que vai motivá-lo a realizar a atividade por bastante tempo).

Vale mais a pena embarcar em uma profissão por real afinidade com o assunto ou por causa do retorno financeiro que ela proporciona? Esta é uma dúvida comum entre os estudantes.

Em entrevista ao jornal O Globo, o consultor de carreiras Geraldo Aloise revela que pensar apenas no dinheiro dificilmente dá certo. É importante encontrar algo que você goste de fazer e que consiga se enxergar fazendo por muito tempo, em um mercado de trabalho exigente e turbulento.

A psicóloga e coach de carreiras Claudia Carraro ressalta que, para chegar a uma escolha, é necessário realizar algumas ações.

“Entrevistar profissionais, visitar seus ambientes de trabalho, conversar com coordenadores de curso e alunos que estejam nessa faculdade. Falar com pessoas no início da carreira idealizada e com profissionais já experientes; com uma pessoa bem sucedida e outra não tão bem sucedida assim, porque, afinal, é esta a realidade que interessa”, orienta

10 dicas para seguir a profissão perfeita

1. AUTOCONHECIMENTO.
Conhecer os pontos positivos, talentos e gosto pessoal. Saber o que se gosta, ou não, de fazer é um dos pontos mais importantes para escolher uma carreira de sucesso

2. REFERÊNCIAS.
Buscar informações com profissionais ajuda a conhecer mais sobre a profissão preferida

3. PESQUISAR.
Fazer pesquisa, ler sobre diversas áreas, sobre o que cada curso ensina e o que ele pode oferecer é uma forma de escolher qual caminho seguir

4. VISITAÇÃO.
Visitar empresas contribui para adquirir mais conhecimento, conhecer melhor as áreas disponíveis no mercado de trabalho e saber o que cada profissão faz dentro de determinada área

5. ESTAGIAR.
Ficar mais próximo da profissão, logo nos primeiros semestres de curso, ajuda a conhecer mais a prática. Então, fica mais fácil saber se quer ou não seguir naquele caminho

6. INTERCÂMBIO.
A viagem pode te ajudar a conhecer outras culturas e realidades diferentes, o que facilita no processo de avaliação dos cursos e do que cada um deles pode oferecer

7. REALIDADE.
Ser realista é um ponto que precisa ser levado em conta: avaliar as suas condições financeiras, o custo do curso e o retorno que ele dará é importante

8. EXPECTATIVAS.
Estar atento ao que a sua família quer ou o que os amigos esperam não é uma boa saída. Eles podem não superar os seus desejos

9. OPORTUNIDADES.
É importante observar a demanda do mercado de trabalho e do que ele está carente

10. PROJETOS.
Realizar projetos práticos e atividades extracurriculares na escola, ou até mesmo em faculdade ou universidade, faz com que a vocação para a profissão fique mais evidente

Fonte: Especialistas entrevistados

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