Carreira

Curso técnico para quem tem pressa

Quem quer ter qualificação,  mas não deseja passar vários anos na  faculdade para ter uma carreira, pode apostar nos cursos técnicos. Com média de dois anos de duração, os programas não exigem idade daquele que deseja aprender uma nova profissão ou se reinventar. Além disso, até 60% dos estudantes são absorvidos pelo mercado de trabalho assim que se formam.

De acordo com dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em média, profissionais com formação técnica ganham entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil.

Segundo Sandra Regiani de Araújo, diretora administrativa da Escola Técnica de Saúde do Espírito Santo (Eteses), o profissional consegue sair de uma escola técnica já com uma profissão. “A faculdade levaria, em média, de 4 a 5 anos para ser concluída, enquanto nossos cursos técnicos têm duração de até 2 anos. Hoje temos cerca de 2 mil alunos matriculados”, conta.

Ainda de acordo com Sandra, o curso técnico ensina a prática da profissão ao aluno, mas ele também recebe uma base teórica.

“Ter essa formação facilita a inserção no mercado de trabalho. Hoje as instituições procuram cada vez mais o técnico. O curso técnico é uma profissão e não apenas um caminho para chegar até ela”, comenta.

As opções de escolha para quem pretende fazer um curso técnico são bem variadas. No Estado é possível encontrar formação para administração, robótica, eletrônica, logística, segurança do trabalho, enfermagem, radiologia e estética. Além disso, há também cursos voltados ao setor industrial, como infraestrutura, automação industrial, soldagem,  manutenção automotiva e  torneiro mecânico.

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“A indústria, que é hoje o ramo das atividades que pagam os melhores salários do mercado, precisa muito desse profissional com a capacidade de saber fazer. Alguns cursos importantes, como mecatrônica, já estão treinando o trabalhador para a indústria 4.0, mais mecanizada”, revela o gerente do Instituto Senai de Tecnologia (IST), Edglei Marques.

O diretor da Contec Cursos Técnicos, Fernando Cobe, concorda com Marques, e enfatiza que hoje, além da área industrial, as de gestão, design e saúde têm carência de mão de obra técnica.

“Esses serão os profissionais mais solicitados após a recessão, principalmente na área industrial, como mecânica, eletrotécnica, edificações e segurança do trabalho. No momento em que o mercado apontar para uma evolução na economia, vamos ter uma onda ainda maior de pessoas à procura do curso técnico para conseguir empregos”, afirma Fernando Cobe.

De malas prontas

Alguns programas de intercâmbio permitem realizar cursos no exterior e até cursar graduação, mestrado ou doutorado. Para cada habilidade, área de atuação ou carreira há um país que melhor se adequa ao perfil do profissional.

Quem quer realizar a graduação no exterior  pode optar por  estudar integralmente ou parcialmente em instituições estrangeiras. Mas, para que isso ocorra, é importante saber junto à instituição em que estuda em seu país de origem com quais universidades estrangeiras ela possui convênio e depois consultar uma agência de intercâmbio.

Segundo a diretora da World Study Vitória,  Maria Clara Dável,  também há a possibilidade de realizar a graduação ou um outro curso e trabalhar no exterior.  “A pessoa pode optar por fazer um programa de trabalho durante as férias, programa de idiomas; frequentar uma escola de verão ou de inverno nas áreas de Direito  e Negócios; fazer cursos vocacionais, como Estética, Educação Física e Cuidados Infantis; cursar um técnico profissionalizante em Tecnologia da Informação, Marketing e Vendas com permissão de trabalho na área; ou frequentar uma escola de startup no Canadá”, exemplifica.

Os principais destinos escolhidos para esse tipo de intercâmbio são: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Argentina, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Suíça, Portugal, Irlanda e Japão.

 

VIAGENS

Os programas para turbinar o conhecimento

INTERCÂMBIO PARA ESTUDO DE IDIOMAS

Essa modalidade tem como objetivo aprender uma nova língua. Pode ser feito por pessoas que têm um nível inicial na língua estrangeira e por quem já possui nível mais avançado e deseja evoluir mais. Esse tipo de intercâmbio tem duração de um mês a um ano. Os principais locais escolhidos para a língua inglesa são Irlanda, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos e Austrália. Para espanhol: Espanha, Costa Rica, Argentina, Colômbia e Uruguai. E para o Francês: Sul da França, Alpes Suíços, Bruxelas, Genebra e Montreal.

 

ENSINO MÉDIO – HIGH SCHOOL

É possível cursar o ensino médio no exterior. O aluno, além das matérias tradicionais,  também terá contato com outra cultura e fluência em uma língua. Em geral, o estudante tem que ter entre 14 e 18 anos de idade, dependendo do programa de ensino médio no exterior e do país escolhido. Os principais destinos são: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, França, Suíça, Irlanda, Espanha, Suécia, Noruega, África do Sul, Coreia do Sul e Holanda.

 

GRADUAÇÃO

A graduação pode ser cursada integralmente ou parcialmente  em instituições estrangeiras. Para que isso ocorra, é importante saber junto à instituição em que estuda no  país de origem com quais universidades estrangeiras ela possui convênio e depois consultar uma agência de intercâmbio. Os principais destinos escolhidos para esse tipo de intercâmbio são: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Argentina, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Suíça, Portugal, Irlanda e Japão.

 

ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL

Além do curso de graduação, é possível fazer uma especialização profissional fora do país, como  pós-graduação, mestrado, doutorado ou algum outro curso que ofereça capacitação específica para um aspecto da área de conhecimento estudada. Além disso, há ainda a possibilidade de um mestrado ou doutorado “sanduíche”, no qual o estudante inicia a pesquisa no Brasil e viaja por um período que varia de 3 a 6 meses, de acordo com o objetivo da pesquisa. Os principais destinos escolhidos para este tipo de intercâmbio são: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Argentina, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Suíça, Portugal, Irlanda e Japão.

 

VOLUNTARIADO

Essa forma de intercâmbio possibilita que você aprenda uma nova língua enquanto ajuda pessoas. A viagem é para trabalhar em uma ONG ou um outro tipo de organização que realiza trabalhos sociais. Ela melhora as habilidades de fala e a compreensão da língua, que são desenvolvidas por meio do contato com outras pessoas. Os principais locais para este tipo de viagem são países como a África do Sul e Argentina.

WORK AND TRAVEL

Nesse tipo de intercâmbio,  a pessoa irá para outro país, por meio de programas de trabalho, que irão trazer  mais experiência para o currículo do profissional, aprendizado da língua estrangeira e novas vivências interpessoais. O destino preferido para esse tipo de intercâmbio são os Estados Unidos.

 

PESSOAS COM  MAIS DE 50 ANOS

Existem agências que oferecem intercâmbio como programa de viagem e aprendizado para pessoas mais velhas. Para participar dessa modalidade, é preciso ter mais do que 50 anos de idade. A duração mínima é de duas semanas, sendo que existe a possibilidade de fazer um combo com atividades culturais em espanhol, francês, italiano e inglês. Entre os destinos favoritos estão Espanha, Itália, França, Irlanda, Malta e Inglaterra.

Desbravando o mundo

Fazer as malas com destino a outro país e, de quebra, dar uma guinada na carreira profissional parece um sonho, mas pode se tornar bem real. Um intercâmbio pode proporcionar ao profissional um diferencial no mercado de trabalho, que está muito concorrido. Além disso, passar algum tempo fora do país de origem permite viver novas experiências culturais, renovar a criatividade e ter crescimento pessoal.

Para Maria Clara Dável, diretora da World Study Vitória, o intercâmbio não é só uma maneira de morar fora, mas de vivenciar a cultura do país onde ficará, conhecer como vivem as pessoas que vão para lá estudar e trabalhar, além de fazer network profissional.

“Muitas pessoas que perdem o emprego aqui no país conseguem recomeçar no exterior. Fazer um intercâmbio não é apenas sobre aprimorar a habilidade técnica, mas encontrar um lugar onde você possa trabalhar com o que gosta. Por exemplo, o Canadá e a Nova Zelândia sempre precisam de engenheiros civis e, no mercado nacional, falta espaço para esses profissionais”, explica Dável.

Além disso, segundo ela, quando se estuda um idioma fora, a pessoa fica sob imersão naquela língua.  “Nas escolas de idiomas para estrangeiros, os alunos estudam de segunda a sexta-feira. Quando você está no exterior e sai da sala, coloca em prática. Um mês de intercâmbio equivaleria a um semestre estudando no Brasil”, afirma.

Entre os principais destinos escolhidos por quem quer aprender o inglês estão Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.  Para aqueles que querem aprimorar o espanhol, Espanha, Costa Rica, Argentina, Colômbia e Uruguai são boa escolhas. Já para o Francês, o Sul da França, os Alpes Suíços, Bruxelas,  Genebra e Montreal são os locais ideais.

 

Além destes países de línguas inglesa, espanhola e francesa, ainda há a China (mandarim), o Japão (japonês), a Alemanha (alemão) e a Itália (italiano) como outros destinos que valem a pena ir para aprender o idioma e conhecer a cultura.

Não tem idade certa para estudar em outro país

 

Há desde intercâmbios infantis (para viajar em família)  a experiências no exterior  para quem tem mais de 50 anos e quer apenas curtir o passeio. A partir dos 5 anos, por exemplo, a criança pode viver essa experiência com os pais. Quem tem entre 14 e 18 anos pode fazer o ensino médio no exterior e, para os jovens e adultos,  há cursos de idiomas em outros países.

De acordo com a proprietária da Experimento Intercâmbio Cultural, Jackeline Teubner Guasti, para estudar fora, antes de qualquer coisa, a pessoa precisa estar aberta a mudar sua rotina,  independentemente da idade que tiver. “A partir do momento em que se tem uma experiência internacional, se aprende a lidar com situações diversas, um diferencial para o currículo.”

Idioma turbina carreira

Ser fluente em várias línguas ajuda o profissional a se sobressair no mercado e ainda  a aumentar  salário

Em um mundo conectado,  falar mais de um idioma pode ser a chance de conseguir se sobressair no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo. Além disso,  ser fluente em uma outra língua é  também uma maneira de ganhar mais:   o salário do profissional pode  mais que dobrar. De acordo com a 54ª Pesquisa Salarial da Catho, saber inglês, por exemplo, pode fazer com que o trabalhador, dependendo do nível profissional, ganhe até 118% a mais. Esse acréscimo na remuneração é para pessoas que atuam como analistas e têm mestrado e doutorado.

No caso dos profissionais com cargo de coordenação e aqueles que possuem pós-graduação ou mestrado/doutorado, com fluência em um outro idioma, os salários podem  aumentar  até 53,7% e 47,4%, respectivamente. Para muitas profissões, principalmente aquelas que lidam com o comércio exterior, o inglês já virou pré-requisito para novos funcionários. Mas existem outras línguas que podem dar ao profissional destaque em sua área de atuação, como o espanhol, o francês, o alemão e até mesmo o mandarim.

118% DE AUMENTO NA RENDA – É quanto profissionais que atuam como analistas e têm mestrado e doutorado podem ganhar a mais por serem fluentes em outro idioma, segunda pesquisa salarial

Multinacionais

A última, por exemplo, é uma língua fundamental para quem lida com empresas multinacionais que têm a China como seu principal cliente ou sede de negócios. Neste país asiático, muitos não falam o inglês, que é a principal língua do mundo usada para negócios. “Quem não tem inglês fluente perde oportunidades de emprego e recolocação  no mercado. Temos casos, na escola, em que a pessoa, para não ser mandada embora, procurou  aprender o idioma”, comenta Maria Clara Dável, diretora da World Study Vitória.

Já Junior Cardoso, sócio-proprietário da Ballpark Business  English School, aponta que, no mundo globalizado, o idioma serve como um trampolim profissional para alçar cargos maiores.

 

“Dentro de multinacionais, por exemplo, ainda é possível ver profissionais  que não sabem idiomas e querem aprender. O inglês é o primeiro idioma a se pensar,  é uma língua universal e,  por isso, acho primordial. Mas uma terceira língua pode expandir ainda mais a possibilidade de ascender na carreira”, explica Cardoso.

Cultura

Em um  primeiro momento,  pode parecer uma missão, mas de acordo com Junior  Cardoso, aprender um novo idioma deve ser encarado como uma oportunidade. No pacote, além de evoluir a fluência em outra língua, está também o conhecimento da cultura dos países que a falam. Um exemplo  é o francês, ao mesmo tempo em que a pronúncia, escrita  e leitura vão sendo aperfeiçoados,  o profissional pode trazer princípios culturais para integrar ao seu trabalho, como traços de criatividade e organização.

Salário até 53% maior com pós-graduação

Estar seguro no emprego  não é  motivo para se acomodar  e deixar de estudar. Afinal, investir em conhecimento  pode garantir ascensão profissional e aumento salarial. Um levantamento feito pela Catho Educação mostrou que a qualificação profissional pode  ampliar a remuneração de um trabalhador que exerce  função  de coordenação em até 53%.  Mas não é só para quem atua  em cargos de  chefia que continuar os estudos faz  diferença. No nível operacional ou de assistente, o acréscimo no salário  pode ser de até 25%.

Eduardo Ferraz, diretor da MMurad/ Fundação Getúlio Vargas, reforça a importância da formação  na carreira profissional. “Várias pesquisas demonstram isso: quanto maior o grau de instrução, maior o salário. Ou seja, além do crescimento pessoal e profissional, uma pós pode ajudá-lo a ter uma condição de vida bem melhor”, comenta Ferraz.

O coordenador da Faculdade Pio XII, Marcelo Loyola Fraga, reforça que  os trabalhadores  que possuem pós-graduação podem aumentar ainda mais os ganhos salariais. “Alguns chegam a ter um salário 2,5 vezes maior que um graduado. Além disso, esse profissional tem muito mais chance de assumir cargos de gestão”, destaca.

Além do incremento na renda, o estudo contínuo traz  outras vantagens. Segundo os especialistas, o profissional que busca avançar na sua formação é mais valorizado pelo mercado e conta com um diferencial na hora de disputar vagas.

“Isso sem contar que, durante o curso, o aluno consegue ainda  construir uma rede de contatos valiosa, que pode ser usada para o crescimento profissional.”

 

Jornal A GAZETA
Sem limites para buscar qualificação

Com o mercado cada vez mais se afunilando, ter uma formação continuada, como uma pós-graduação, é um grande diferencial para crescer na carreira.As empresas, que têm aberto poucas vagas de emprego por causa da crise econômica, priorizam o recrutamento de profissionais que se qualificaram após a conclusão da graduação. E mesmo para aqueles que já atuam no mercado de trabalho, há opções de cursos em horários alternativos para que esses profissionais consigam conciliar as duas atividades.

Existem dois grandes grupos de cursos: os stricto sensu, que incluem os mestrados (acadêmicos e profissionais), doutorados e pós-doutorados, mais destinados para quem quer seguir a área acadêmica; e os cursos lato sensu, como especializações e MBAs. O segundo grupo, principalmente MBAs, é mais procurado por quem está trabalhando e busca aperfeiçoar a prática. Por isso, as aulas costumam ser marcadas à noite ou aos finais de semana. Ou seja, uma facilidade para quem quer enriquecer o currículo.

Coordenadora acadêmica da pós-graduação da Emescam, a professora Juliana Mattar pontua que o cenário das faculdades hoje aponta para cursos de graduação mais genéricos, e a pós como uma chance rica de focar em uma área. “É na pós que o profissional faz a ênfase desejada. Antigamente, já era suficiente ter uma graduação, mas hoje fazer uma pós é muito importante”, destaca a professora. Juliana lembra ainda que os cursos de especialização deixam os alunos mais preparados para o mercado. “A área de concentração do curso não caminha mais sozinha. Os bons cursos precisam estar permeados de gestão, de tomada de decisão. O profissional precisa dominar outras áreas, ser multifacetado”, comenta.

 

Além das opções mais tradicionais, o diretor da MMurad/ Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Ferraz, destaca  os cursos livres, de aperfeiçoamento. “Hoje estão muito em alta programas de curta e média duração, quando o profissional precisa se qualificar rapidamente. Cursos de 20, 30, 40 horas”, cita Ferraz.

Segundo o coordenador-geral da Faculdade Pio XII, Marcelo Loyola Fraga, é exigido dos profissionais capacidade analítica especializada em sua área de atuação. “Uma pós-graduação presencial é a mais indicada devido à interação frequente entre alunos e professores, bem como a discussão e debates intensos, especialmente com ferramentas práticas e dinâmicas, que devem ocorrer em sala de aula”, afirma.

O poder de transformação de um curso de pós-graduação é evidente, mas é preciso ter cuidado na hora de escolher qual caminho  seguir para continuar estudando.

 

Além de optar por uma instituição respeitada, reconhecida pelo Ministério da Educação, é necessário também saber qual linha de formação mais se adequa ao seu perfil: se há  afinidade com um curso mais acadêmico ou profissional. O  diretor da MMurad/ Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Ferraz, ressalta que o profissional tem que reservar  um tempo para refletir. “A escolha da formação tem que estar alinhada com aquilo que ele pretende alcançar. Por isso, essa reflexão é tão importante”, destaca o diretor da instituição.  Mestrados e doutorados são mais buscados por profissionais que desejam investir na carreira acadêmica, como professor e pesquisador. No entanto, muitos trabalhadores que atuam no mercado também procuram esse tipo de pós para estimular uma reflexão teórica e um crescimento profissional. Um mestrado dura, geralmente, de 12 a 24 meses; e o doutorado, entre 36 e 48 meses.

Já as especializações e MBAs (Master in Business Administration) têm como principal alvo profissionais atuantes no mercado que querem aprimorar conhecimentos específicos. Também têm uma rotina adaptada para atender a esse nicho, com aulas à noite ou aos finais de semana. A especialização é destinada principalmente para recém-formados e profissionais em transição de carreira, com uma duração mínima de 360 horas, geralmente. Já o MBA, que dura entre 18 e 24 meses, aborda muito práticas no mundo corporativo e é mais procurado por profissionais com cargos de coordenação.

Pós-graduação

Mestrados e doutorados são indicados para quem quer seguir a área acadêmica, enquanto  especializações e MBAs são adequados para quem busca se aperfeiçoar na prática da profissão

 

Um dia como universitário

A escolha da carreira que será seguida é uma dúvida cruel, que atormenta quase todo estudante de ensino médio. É um momento difícil que precisa ser avaliado com bastante calma. Para auxiliar os jovens, instituições de ensino superior promovem visitas guiadas e eventos para alunos de escolas públicas e particulares do Espírito Santo. É uma maneira de conhecer a estrutura da faculdade, a rotina dos cursos e um pouco da profissão antes de tomar uma das decisões mais importantes na vida.

A Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, a Emescam, por exemplo, utiliza duas alternativas para alcançar esse público.

Além das visitas guiadas, a própria Emescam vai às escolas para participar de feiras de profissões e palestras sobre os cursos da instituição.O retorno é bastante positivo, como analisa a supervisora pedagógica da instituição de ensino, Janaína Dardengo. “O aluno se sente motivado a se preparar melhor para o vestibular, sente um pouco do que é a rotina dos cursos. É uma fase de muitas dúvidas e esses programas ajudam a responder vários questionamentos dos jovens”, comenta.

Além das faculdades privadas, as instituições públicas também ofertam esses serviços para alunos de ensino médio. O Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) conta com o projeto Portas Abertas, de visitação para estudantes de ensino fundamental e ensino médio, em mais de 10 campi. Durante a visita, são apresentados a estrutura organizacional, os cursos, o processo seletivo e as instalações do Ifes. Somente a unidade da Serra já recebeu mais de 600 alunos de cerca de 10 escolas. A proposta tem dado tão certo que deixará de ser um projeto temporário para se tornar um programa efetivo do instituto.

Já a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realiza anualmente a Mostra de Profissões, evento aberto para toda a comunidade com o objetivo de apresentar os cursos, salas de aula e laboratórios. Mais de 7 mil alunos participam do evento.

Na hora de escolher uma carreira, as escolas aconselham seus alunos mostrando diferentes profissões e tipos de formação. Segundo Feliphe Freire Alves, coordenador do Ensino Médio do SEB COC, para que os alunos da instituição tenham esse suporte na hora de escolher o curso certo, a escola desenvolve projetos acadêmicos como uma feira de empreendedorismo e um dia de conversa com cerca de 40 profissionais.

“Levamos o aluno a vivenciar profissões para que eles tenham suporte e possam escolher, mesmo ainda sendo muito novos, se querem fazer um curso técnico ou faculdade”, explica.

 

Experiência real

Faculdades e escolas que oferecem aos jovens chance de conhecer profissão

 

SEB COC

Escola realiza uma feira de empreendedorismo e um dia de conversa com cerca de 40 profissionais.

 

UFES

A Universidade Federal do Espírito Santo realiza, anualmente, a Mostra de Profissões, voltada a  estudantes do ensino médio. É possível tirar dúvidas sobre os cursos e visitar salas de aulas e laboratórios. O evento ocorre no mês de outubro nos campi da universidade.

 

MULTIVIX

A faculdade realiza  a Feira de Profissões, que acontece uma vez por ano nas oito unidades do grupo. A programação conta com visitas guiadas, palestras, simulações, jogos e outras atividades. Também oferece a Visita Guiada Multivix, que pode acontecer individualmente,  tem duração média de 30 minutos e pode ser agendada no site da instituição.

 

 

ESTÁCIO DE SÁ

Há  visitas guiadas  semanais voltadas a alunos do ensino médio, que  acontecem com agendamento. São realizados também aulões na véspera de realização do Enem.

EMESCAM

Alunos de escolas públicas e privadas e outros   visitantes podem fazer  uma   visita monitorada na faculdade. A instituição também participa de feiras de profissões e palestras sobre cursos em escolas.

IFES

O   Portas Abertas, do Instituto Federal do Espírito Santo, é   realizado nos campi de Alegre, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Ibatiba, Vitória, Santa Teresa, São Mateus, Serra, Nova Venécia, Venda Nova do Imigrante e Vila Velha. Na   visitação, alunos que estão cursando os oitavos e nonos anos do ensino fundamental e os alunos do ensino médio podem  conhecer os cursos.

 

FAESA

A Faesa  mantém programas de visitas guiadas e eventos para auxiliar estudantes de ensino médio na escolha do curso.

 

NOVO MILÊNIO

A instituição realiza uma feira de cursos e profissões para alunos do ensino médio.

Carreiras que andam juntas com a tecnologia

Funções que parecem coisa de filme, mas já existem no mercado

 

  • Artista de efeitos visuais

Profissional responsável por criar animações geradas por computador e efeitos especiais para jogos, filmes, documentários e comerciais.

  • Artista gráfico 3D

Profissional que se dedica a criar animações e gráficos 3D, usando programas de ilustração, bem como produzir esculturas grandes ou pequenas de qualquer material.

 

  • Analista de segurança de informações

Profissional que detecta e impede ameaças cibernéticas em uma organização, descobrindo as fraquezas da infraestrutura (software, hardware e redes) e encontrando maneiras de proteger arquivos digitais e sistemas de informação contra acesso, modificação e/ou destruição não autorizados.

 

  • Arquiteto de sensores

Profissional responsável por especificar, arquitetar, prototipar e conduzir a implantação de vários sistemas de sensores em produtos.

 

  • Arquiteto de soluções

Profissional que se dedica a entender os problemas de uma empresa para propor a melhor solução tecnológica às necessidades do negócio. O arquiteto de soluções ajuda os programadores e gerentes de projetos na concepção e planejamento de projetos de qualquer tipo.

 

  • Engenheiro de modelagem 3D

Profissional responsável por elaborar modelos dinâmicos, materiais, desenhos de instalação de protótipo e demais ferramentas tridimensionais para oferecer suporte à construção do produto principal.

 

  • Engenheiro de testes de realidade virtual

Profissional responsável por conduzir testes em softwares de produtos para verificar se todos os componentes usados no sistema estão funcionando perfeitamente.

 

  • Profissional de big data

Com o grande volume de dados que circulam na internet, o analista de big data é uma das profissões mais importantes do atual momento. As empresas precisam de um profissional capacitado para organizar e gerenciar todas as informações coletadas, que precisam ser trabalhadas, analisadas e usadas em diferentes estratégias. O profissional deve ser especialista em interpretar esse material e extrair informações valiosas sobre tendências, reações, preferências e outros temas do mercado que podem influenciar em um negócio/empresa, para um melhor posicionamento.

  • Nanomédico

A aplicação de nanotecnologia no serviço de saúde humana é a arte desse profissional do futuro. Essa profissão consiste em utilizar nanopartículas e nanorobôs em uma escala nanométrica para curar, diagnosticar ou prevenir doenças. Esse especialista pode atuar em pesquisas, atendimentos em consultórios e diagnósticos. A nanomedicina é uma das grandes apostas da área para o futuro e vai desde a reparação de tecidos até o campo da genética, com o potencial de elevar a efetividade de cura e otimizar os recursos de saúde

 

  • Bioinformacionista

Profissionais que saibam casar informações genéticas com a elaboração de medicamentos e técnicas clínicas serão tendências daqui a alguns anos. O bioinformacionista também será responsável por mapeamentos genéticos para a prevenção de doenças, mas ainda há outras possibilidades de atuação, pois o uso da bioinformação é amplo e vai desde a identificação prévia de patologias até o sequenciamento genético de plantas. Esse especialista ainda terá um papel importante na indústria farmacêutica, já que os medicamentos serão feitos de acordo com os genes do paciente.

Young woman work with 3d printer

 

  • Perito Forense Digital

Esse perito é especialista em encontrar provas para crimes on-line e off-line e pode trabalhar em casos de ataques a servidores e invasões de contas bancárias, roubo de dados, pedofilia e outros crimes na rede, buscando evidências digitais para solucionar os casos.

 

  • Designer de realidade aumentada

O designer de realidade aumentada vai trazer para a visão, de uma forma virtual, mais informações que aquele espaço físico tem à primeira vista. Dentro da mesma lógica, vão surgir os curadores de obras de arte para realidade aumentada. O trabalho vai desde games, entretenimento, até conversas por meio de holograma.

 

  • Editor de DNA

Editar partes defeituosas do DNA substituindo por partes saudáveis será possível com tecnologias inteligentes. A técnica será feita por profissionais da saúde que se especializarem em entender como funciona a genética.

 

  • Designer de impressora 3D

A impressora 3D hoje já é realidade dentro das empresas, principalmente para criar moldes e protótipos. Mas no futuro, elas vão imprimir células e órgãos vivos ou até mesmo comida. Será necessário que designers saibam projetar esses tipos de produtos.

 

  • Desenvolvedor e operador de drones

Agricultura, indústria, entregas, lazer, transporte. Em 20 anos, os drones estarão em todos os setores da economia. Seja reduzindo o uso de agrotóxicos nas lavouras, seja monitorando os processos de produção ou levando compras para os consumidores. O profissional que desenvolve e faz a manutenção de drones vai ter muita demanda.

  • Professor-tutor    

Em alguns anos, será comum a figura do professor que vai se concentrar em traduzir, em material escrito, filmado ou falado, o conhecimento e repassar aos alunos até mesmo de forma holográfica.