Fique de olho na higiene dos produtos oferecidos e lembre-se: o calor é inimigo da conservação dos alimentos
Verão é sinônimo de calor, que pede uma praia, que combina com petiscos e uma cerveja ou água de coco bem geladinha. Mas, para que a diversão preferida nessa época do ano não vire dor de cabeça, é bom saber o que evitar e o que escolher na hora que a fome bater. Como as altas temperaturas favorecem a proliferação de bactérias e outros micro-organismos que causam a deterioração dos alimentos, é preciso ter muita calma nessa hora e lembrar de algumas regrinhas básicas para não comprometer a diversão nas férias.
A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Vale do Cricaré (FVC), em São Mateus, Dayana Seibert, lembra que muita gente vai para praias mais distantes de casa e, com os dias convidativos de sol, acaba passando o dia inteiro nos balneários, fazendo mais de uma refeição na praia. O ideal, como ela ressalta, é se planejar para esses passeios. “Para evitar as possíveis contaminações que os alimentos vendidos na praia podem apresentar, o ideal é levar alguma comida feita na própria casa, onde a pessoa sabe que os alimentos foram bem higienizados e não trarão qualquer tipo de risco à saúde de sua família”, orienta.
Mas mesmo a comida de casa exige cuidados. As frutas, por exemplo, são uma ótima alternativa para o verão, que pede alimentos refrescantes e saudáveis, desde que sejam bem lavadas e acondicionadas corretamente, em um ambiente refrigerado, como uma bolsa térmica ou um isopor. O melhor é consumi-las inteiras, para não correr o risco de contaminação. Sucos e saladas de fruta, por exemplo, se deterioram mais rapidamente no calor.
“Não adianta levar comida de casa sem refrigeração”, alerta Dayana. Ela observa que os alimentos derivados do leite e ovos são os mais suscetíveis a contaminações. Portanto, olho vivo naquele queijinho vendido na praia. “O queijo não pode ficar muito tempo sem um ambiente refrigerado. Observe também se o recipiente onde o queijo está guardado ou onde ele é assado está limpo”, diz a coordenadora. E prefira o milho sem passar a margarina ou manteiga, pois geralmente ficam no calor, em um frasco sem informação de validade ou fabricação.
No caso das crianças e idosos, o cuidado deve ser redobrado. É preciso estar sempre oferecendo líquidos, para evitar a desidratação. Lembre que os pequenos, na empolgação das brincadeiras, acabam esquecendo de tomar água. Uma alternativa saudável é a água de coco, mas também nesse caso vale o cuidado de comprar com um vendedor que tenha boas práticas de higiene. “A melhor opção para o lanche das crianças é levar alguns biscoitos ou frutas de casa, para que elas consigam ficar sem comer nada na praia até voltarem para casa” ressalta Dayana. Sorvetes e picolés industrializados e de boa procedência também estão liberados.
Outro alimento que acende o alerta vermelho é o camarão frito, vendido em espetinhos na praia, ou as ostras, geralmente oferecidas cruas. “As autoridades de saúde citam os frutos do mar como alimentos com grande risco de contaminação. O principal motivo é o aquecimento do crustáceo por muito tempo, que pode levar ao desenvolvimento e proliferação de micro-organismos patogênicos. Os crustáceos se deterioram muito facilmente”, diz Dayana. Também estão na lista os sanduíches com maionese e os espetos de churrasco. Se não estiverem acondicionados corretamente, é problema na certa. E quando bater a vontade de comer aquele peixinho frito, verifique se o óleo usado no preparo já não foi reutilizado muitas vezes, causando o acúmulo de toxinas.
É claro que, mesmo com todos os cuidados, ninguém está livre de consumir alimentos contaminados. A orientação, caso apareçam sintomas como febre, dor abdominal, náuseas, vômitos ou diarreia, é procurar os serviços de saúde imediatamente.
Saiba mais
Confira 5 dicas para fugir da intoxicação alimentar na praia
1 – Mantenha os alimentos refrigerados
Não adianta fazer aquela marmitinha saudável e deixá-la torrando ao sol. As altas temperaturas são inimigas da conservação dos alimentos. Leve a comida em uma bolsa térmica ou uma caixa de isopor com gelo
2 – Opte por alimentos práticos e saudáveis na praia
Quando for à praia prefira levar frutas frescas, secas e biscoito. São alimentos que não precisam de muita refrigeração e resistem melhor ao calor. Embale as frutas para evitar contaminação e não deixe que elas fiquem expostas ao sol
3 – Leve de casa
Prepare comidas e lanches mais saudáveis, como sanduíche com pão integral e sem maionese. Leve-os em recipientes bem fechados. Evite derivados do leite, como iogurtes e queijos
4 – De olho na qualidade
Vai comprar comida em um ambulante ou barraquinha? Observe o ambiente e os funcionários. Repare se os cabelos estão presos, se há higiene em seus aventais, assim como nas panelas e recipientes e se o funcionário que recebe o pagamento é o mesmo que lida com os alimentos. Evite também comprar nos lugares que usam os mesmos utensílios para alimentos crus e cozidos, pois as bactérias presentes no cru podem contaminar o outro
5 – Hidrate-se
No calor, é indicado beber bastante água, sucos naturais e água de coco. Se for comprá-los na praia, observe se o lacre não está violado e se a validade está dentro do prazo. Os picolés de fruta, de procedência conhecida, são uma boa alternativa
Fonte: Faculdade Vale do Cricaré e blog Unimed
Diversão e orientação para um verão sem estresse na arena de Guriri
Até o final das férias, o projeto Conexão Guriri vai estar na arena montada no balneário para passar orientações e dicas para um verão mais saudável. O projeto é uma realização da Faculdade Vale do Cricaré, em parceria com a Unimed, Sicoob, Vila Universitária e Prefeitura Municipal de São Mateus.
A coordenadora do curso de Enfermagem, Dayana Seibert, conta que alunos e professores estarão no local oferecendo aferição de pressão, testes de glicemia, orientação sobre uso de preservativos e os cuidados para evitar intoxicações alimentares e queimaduras de sol. O atendimento acontece de 8h ao meio-dia, aos sábados e domingos, até o dia 4 de fevereiro.
Além das orientações de saúde, haverá atividades esportivas e recreação infantil com palhaços e outras brincadeiras, que ficará a cargo de alunos do curso de pedagogia da instituição. “Além de prestar um serviço à população, nossos alunos têm a chance de aprender na prática, o que é muito bom”, observa o coordenador-geral de pós-graduação, Comunicação e Marketing da FVC, Pedro Rafael Farias Evangelista.
A Faculdade Vale do Cricaré conta com 15 cursos de graduação, mais de 80 de especialização e dois mestrados. São mais de 2 mil alunos na graduação e 5 mil nos cursos de especialização. As inscrições para o processo seletivo agendado estão abertas até o dia 19 de fevereiro. Mais informações no site da instituição: www.ivc.br, ou pelo telefone 3313-0000.
Saiba
Confira a programação: