Saindo de Ouro Preto, o próximo destino da Rota Imperial é a cidade mineira de Mariana. O caminho que divide as duas cidades é feito pelas estradas principais e asfaltadas. São cerca de nove quilômetros em linha reta, que se desdobram em 14,4 quilômetros seguindo o desenho das ruas e avenidas.
É um percurso bem rápido, com boa sinalização e sem muita dificuldade, situação bem diferente de dois séculos atrás, quando a Rota Imperial era usada por tropeiros a cavalo. Mas é bom estar com o freio em dia: o percurso é cheio de descidas e ruas estreitas.
O município de Mariana faz divisa com Ouro Preto e tem a décima melhor economia de Minas Gerais, graças à extração de minérios. A cidade é cortada pela Rota Imperial em quatro pontos: o centro e os distritos de Ribeirão do Carmo, Monsenhor Horta e Furquim.
Vista do Centro Histórico de Mariana
No centro, Mariana parece duas cidades completamente distintas. A parte baixa é onde funcionam os comércios, bancos, restaurantes, a vida moderna. Nessa área, pouca gente imagina que ali existe uma das principais cidades mineiras. Mas ao subir a ladeira da rua Dom Silvério, que corta o centro histórico subindo até a praça São Pedro dos Clérigos, o que se vê é um centro histórico bem preservado e que interage bem com o ritmo da cidade.
Um bom exemplo é o Colégio Providência, fundado em 1850 e que abrigou 12 freiras francesas com o objetivo de cuidar de meninas órfãs da cidade. Ainda hoje o local é dirigido pelas freiras, mas como colégio tradicional para crianças e adolescentes.
A mesma rua, que tem cerca de um quilômetro de extensão e foi criada para ser um aqueduto e fornecer água à cidade inteira, também possui outros pontos importantes. É nela que se encontram a Praça Minas Gerais, que abriga duas igrejas lado a lado, a Casa de Câmara e Cadeia e, ao centro, um pelourinho ainda com as argolas utilizadas para prender e açoitar escravos.