Quando o casal de veterinários Amanda e Tom Zanchetta se conheceu, ela era dona da pinscher Mel, e ele da pinscher Meg. E após um tempo de namoro, adotaram, ainda, a yorkshire Lory. Os cinco compartilhavam todos os momentos e “formaram uma grande família”, como diz Amanda.
E quando os dois já estavam noivos e começaram a planejar o casamento, não abriram mão, claro, de incluir os pets tão amados na cerimônia. “E precisa, mesmo, de organização, para evitar imprevistos, ou pelo menos para minimizá-los”, lembra Amanda.
Primeiro, o casal escolheu o local da cerimônia, o gramado de um cerimonial em São Gabriel da Palha. “Depois, fomos atrás de um hotel próximo que aceitasse animais de estimação. E também escolhi uma pessoa conhecida para ficar com as três até a hora das daminhas e do pajem as levarem ao altar. Foi preciso, ainda, encontrar alguém que costurasse as roupinhas e os acessórios das três”, ressalta Amanda.
Segundo ela, no final deu tudo certo. “Na hora de entrar, Meg deu um pouco de trabalho, pois estranhou o ambiente, mas Mel e Lory ficaram bem tranquilas. Quem as acompanhou até o altar foram as duas daminhas, uma delas levando as alianças, e o pajem. Quando chegaram lá, cada uma escolheu o colo de alguém conhecido para ficar durante a cerimônia”, explica Amanda. “As fotos foram todas feitas nesta hora. Também fizemos um álbum de pré-casamento, onde, lógico, elas foram incluídas”.
Depois da cerimônia, as três cachorrinhas foram para o quarto dos noivos que o próprio cerimonial disponibilizou, onde foram colocados caminhas e potinhos de ração e água. “Ficaram lá até o final da festa. E, em seguida, foram para o hotel com a gente, na lua de mel”, lembra.
Ela explica que antes de decidir incluir os pets no dia do casamento é necessário primeiro observar o perfil do animal. “Quanto mais calmo e dócil, melhor. É que as raças pequenas são mais indicadas, mas isso não quer dizer que as de grande porte não possam participar. Cada animal é um, e ninguém melhor do que os donos para conhecê-lo. “Foi uma realização. E hoje formamos uma linda família”, completa Amanda.
Amanda e Tom Zanchetta levaram Mel, Meg e Lary para a cerimônia ao ar livre. Depois, as três cachorrinhas foram para o quarto dos noivos.
Comportados no altar
Outro casal que não abriu mão de incluir os pets na cerimônia de casamento foi Débora e Mário Werres, ela professora, e ele representante. “Quando conheci o Mário tinha acabado de comprar o golden retriever Teo, ele era um filhotinho ainda. Fui logo explicando que era apaixonada por cachorros. Porque caso ele não fosse, nem levaria adiante a relação. Mas ele também gostava”, lembra Débora.
Depois de um tempo, ela resolveu cruzar Teo com uma fêmea da mesma raça e convenceu Mário a ficarem com uma filhotinha, a quem deram o nome de Frida.
E quando os dois ficaram noivos e começaram a planejar o casamento, nem cogitaram a ideia de Teo e Frida ficarem de fora da cerimônia. “Já era um sonho casar à beira da praia, ao ar livre, e sabíamos que isso facilitaria mais ainda essa inserção. No começo, a família foi contra. Mas como deixar nossos ‘filhos’ fora desse momento tão importante?”, ressalta Débora.
Primeiro escolheram o local, um cerimonial em Manguinhos, na Serra, que aceitava pets. Depois, foram atrás de achar as roupas dos dois. “Acabamos encontrando a loja Aurrumadinhos, no Instagram, e optamos por um véu e uma bandana para a Frida e um terninho e uma gravata para o Teo. Eles ficaram lindos”.
Segundo Débora, eles foram bem tranquilos até o altar. “Entraram com minha irmã, de 17 anos, e minha sobrinha, de 19 anos, e ficaram quietinhos assistindo a cerimônia. Foi uma grande emoção para nós! Depois, vários convidados quiseram tirar fotos com eles. As imagens ficaram lindas. Eles não participaram da festa, foram para casa descansar”.
Débora e Mário Werres também levaram Teo e Frida para grande dia
Arrumada no carro
Quando era pequena, a psicóloga Danielle Caus Corrêa tinha medo de cachorro, até que um dia sua mãe adotou uma yorkshire que conviveu com a família cerca de 16 anos. “Quando ela já estava velhinha, começou a me dar um aperto no coração e resolvi, então, ir atrás de outra cachorrinha da mesma raça, pesquisei muito, queria saber a procedência do local antes de comprar, até que encontrei, e trouxe para casa a Luna”.
Nesta época, Danielle já namorava o psicólogo Fabrício Almeida Toniato. “Nós dois fizemos dela a nossa ‘filha’ de quatro patas. Em todos os lugares que íamos, lá estava ela junto. Luna é muito dengosa, muito apegada a nós”, ressalta Danielle.
Então, após o noivado, na hora de planejar o casamento, os dois começaram a pensar em incluir Luna na cerimônia. “Eu não queria mesmo nada tradicional. Então, o primeiro passo foi escolher o cerimonial, e encontramos um ideal em Manguinhos, na Serra. Depois, escolhemos a nossa daminha, minha afilhada de 10 anos, que levaria Luna até o altar em uma coleira guia. E eu queria que a roupa da daminha e da Luna fossem bem parecidas. Achei uma coleira guia de pérolas pela internet, uma roupinha meio perolada e um lacinho rosa claro”, lembra Danielle.
Ela também escolheu uma pessoa para ficar com a cachorrinha o tempo todo antes da cerimônia. “Optei pela menina que trabalha na casa de minha mãe, que a Luna adora. Outra coisa que não abri mão, foi de arrumar a Luna antes de ela entrar com a daminha até o altar, levando as alianças. Quando cheguei ao cerimonial, essa menina me levou a Luna até o carro e deixei ela impecável. Essas imagens ficaram lindas!”
No começo, explica Danielle, na hora de levar as alianças até a gente no altar, Luna ficou um pouco confusa. “E acabei chamando por ela, foi automático, os convidados riram, daí ela veio direitinho, fiz um carinho, e ela ficou no colo da minha afilhada assistindo o restante da cerimônia. Foi tudo muito lindo! Quando tudo terminou, ela foi para casa e a gente para a festa. Aconteceu tudo como eu imaginei, melhor ainda. Faria tudo de novo. Foi muito bom ter a nossa ‘filha’ ali, naquele momento tão importante”.
Danielle Caus Corrêa arrumou a yorkshire Luna, dentro do carro, antes da cerimônia, na Serra