Vale mais a pena comprar uma casa ou permanecer no aluguel?

Especialistas indicam quando é melhor investir no sonho da casa própria

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A casa própria, provavelmente, será o bem material mais caro que a maioria das pessoas deverá adquirir ao longo da vida. Com os altos valores envolvidos nessa transação, e com as variações econômicas vividas nos últimos anos, vem a dúvida: compensa, financeiramente, comprar o  imóvel ou vale mais a pena continuar no aluguel e investir o dinheiro? Determinar qual dos dois é mais vantajoso não é uma conta tão simples.

Muitos acreditam que alugar é inevitavelmente uma forma de perder dinheiro, já que é um valor que se paga sem ganhar nada em troca no fim. Mas isso nem sempre é verdade.

A assessora de investimentos Daniela Emery Cade explica que o certo é fazer uma simulação de um financiamento em uma instituição bancária e verificar nas parcelas o quanto se paga de amortização e juros mensais.

“Caso os juros mensais pagos sejam maiores do que o custo do aluguel, neste caso, a ideia de jogar fora o dinheiro no processo de financiamento é ainda maior. Assim, será mais vantajoso se manter no aluguel”, projeta a especialista, que indica que se avalie a sua capacidade de assumir um compromisso de longo prazo.

“Os financiamentos hoje são feitos por cerca de 30 a 35 anos, e não se esqueça de que a garantia do empréstimo habitacional é o próprio imóvel e, em caso de inadimplência, a propriedade volta para a instituição”, alerta.

Um exemplo, segundo ela, é um apartamento no valor de R$ 300 mil, cujo aluguel cobre R$ 1,1 mil (em média os locatários pagam por volta de 0,4% do valor do imóvel todo mês). Se em vez de comprar o imóvel à vista, ele optar por aplicar o valor em um ativo financeiro de baixo risco, com juros médios de 0,55% ao mês, o investidor renderia R$ 1.650 mensais, o suficiente para pagar o aluguel e ainda obter um saldo de R$ 550.

Investimentos

Para o especialista em finanças pessoais Alexsandro Dias, antes de comprar um imóvel, é importante ficar atento a vários fatores, principalmente as taxas de juros cobradas atualmente no mercado, mesmo que a possível compra seja realizada à vista.

“Quanto menores forem os juros, mais a balança da comparação pende para o lado de comprar um imóvel. Neste cenário, os financiamentos imobiliários ficam mais baratos. Por outro lado, os rendimentos nas aplicações financeiras ficam menores”.

Alexsandro afirma, ainda, que nessa variável de vantagens para a compra,  a perspectiva futura de valorização deve ser levada em consideração. Os empreendimentos erguidos em áreas com potencial de crescimento, por exemplo,   ainda são considerados o principal bem material a ser deixado para os herdeiros.

Juros estão menores, diz especialista

Para quem está definitivamente decidido a comprar um imóvel, o educador financeiro e sócio da Valor Investimentos Luiz Alberto Caser afirma que os juros estão, historicamente, em patamares menores. Portanto,  pode ser um bom momento para se adquirir um financiamento de longo prazo e garantir juros menores.

“Caso os juros do mercado venham a cair no futuro, é importante renegociar com o próprio banco a taxa acordada ou procurar outras instituições com melhores características para o financiamento vigente”, explica.

“A questão é verificar o valor que você gasta com o aluguel para esse imóvel e  o rendimento que a quantia que você pretende pagar à vista  teria em uma aplicação de baixo risco. Se a rentabilidade da aplicação for maior do que o custo com o aluguel, é melhor abrir mão do sonho da casa própria. Caso contrário, é melhor comprar o imóvel.”

Para o especialista em finanças pessoais Alexsandro Dias, nessa variável de vantagens para a compra, deve ser levada  em consideração o que cada um espera do seu futuro.

“A compra é mais indicada para casais ou pessoas mais velhas, com a vida financeira e profissional já estabilizada. Para jovens em início de carreira, que viajam constantemente e pretendem ficar poucos anos num mesmo local, o aluguel pode ser a melhor opção”, avalia o especialista.

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