Ainda que a escola tenha atribuições que extrapolam o ensino de conteúdos, algo permanece incontestável: a parceria com a família é extremamente necessária para o processo de formação.
A psicóloga Adriana Muller observa que não se trata da família interferir no trabalho da escola, nem a escola fazer ingerências na atuação familiar. E sim a cooperação de ambas no propósito de desenvolver a personalidade moral de crianças e adolescentes.
Eduardo Costa Gomes, diretor-executivo da Monteiro, indica que o primeiro passo é demonstrar interesse em conhecer o aluno.
“Não se faz nem um projeto sem conhecer as pessoas com quem vai trabalhar e, no caso da escola, precisa-se ter o envolvimento com a família e o conhecimento da criança. Uma família em processo de separação, por exemplo, é um evento que influencia o desempenho escolar. Se é percebido um momento de fragilidade, a escola tem que ajudar e tudo é pensado dentro do currículo”, afirma.
O diretor diz ainda que a Monteiro é uma escola acessível à família. “A escola está aberta para uma comunicação direta e sempre tem alguém para acolher”, garante.
Princípio semelhante é adotado na Crescer PHD. A diretora-pedagógica Claudia Bachour destaca que as famílias participam ativamente de diversos momentos da escola e que contribuem para o processo educacional dos alunos, de projetos literários a palestras, e que o pronto-atendimento é também uma prática da instituição. “Os pais têm acesso constante à nossa equipe e todas as demandas são atendidas”, frisa.
Prevenção
A diretora-pedagógica do Primeiro Mundo, Adriana Selga, avalia que, pela parceria com as famílias, é possível até prevenir conflitos, como o bullying, conduta típica de ambientes escolares.
“A relação da escola com a família é determinante, a contribuição é riquíssima. Quando há confiança, e o aluno percebe que o discurso da família e da escola é afinado, cria um sentimento de segurança e ele se fortalece”, atesta.