Enxergar o mundo por meio de dispositivos tecnológicos e viver uma realidade digital deixou de ser assunto para filmes de ficção científica e séries futuristas. O que costumava-se chamar de “futuro” é o agora.
No lugar de carros voadores e teletransporte, os anos 2000 trouxeram uma geração de crianças e adolescentes que já nasceram cercados por tecnologias e recursos digitais para se divertir, estudar e se comunicar. Com tantos gadgets e aplicativos, os profissionais e empresas de educação precisaram se adaptar, buscando novas alternativas para conquistar alunos e clientes cada vez mais conectados – e dispersos –, além de pais e mães exigentes.
"A plataforma permite interação entre alunos, professores e pais, servindo como uma espécie de comunidade virtual"
Trazer celulares e tablets para a sala de aula, sem prejudicar o aprendizado, é um desafio que algumas escolas têm encarado por meio da inovação. No Colégio Salesiano, de Jardim Camburi, em Vitória, o material didático utilizado em sala e para tarefas de casa é 100% digital.
“Temos uma plataforma digital que reúne todo o material necessário para o aprendizado, que pode ser acessada por celular, tablet ou computador. A plataforma também permite interação entre alunos, professores e pais, servindo como uma espécie de comunidade virtual para a nossa escola”, conta Evelline Pires, coordenadora de Tecnologia Educacional da instituição.
Com tanta tecnologia, é normal que alguns pais se sintam inseguros em relação à efetividade dessa nova forma de aprender. A coordenadora explica que a escola trabalha, diariamente, para conscientizar os alunos sobre o uso dos gadgets em sala e que, com aulas interessantes, o aluno não utilizará os equipamentos de forma dispersa. “Se o professor envolver o aluno, colocá-lo para discutir, pesquisar, participar, ele não vai ficar no WhatsApp. Não pode ser uma aula maçante, expositiva”, opina.
Aplicativos para alunos e para os responsáveis
A utilização de aplicativos para facilitar o aprendizado e a comunicação entre escola e família também é uma das iniciativas adotadas pela Escola SEB, que faz uso de apps disponíveis nos sistemas operacionais tradicionais e também de aplicações desenvolvidas pela própria escola.
Alguns exemplos são a plataforma Educacross, para aprendizagem de lógica e matemática, com base em jogos; e o aplicativo Binóculo, utilizado por pais de alunos para acompanhar, pelo celular, a rotina de eventos, notas e demais detalhes do dia a dia dos estudantes.
O diretor de Ensino do SEB em Vitória, Vander Barbato, conta que a utilização de aplicativos e novas tecnologias é inevitável e positiva. Ainda assim, acredita que cada aluno aprende de um jeito diferente, o que traz a necessidade de um ensino que atenda a perfis mais tecnológicos e também aos mais tradicionais.
“Acredito que as escolas devem mesclar uma educação mais tradicional com experiências inovadoras. O ensino pode ser híbrido, mesclar um pouco de cada proposta, de cada corrente. Os alunos não aprendem todos da mesma forma, então, a forma de ensinar não pode ser toda de um jeito só”, completa.
A utilização de aplicativos para facilitar o aprendizado e a comunicação entre escola e família também é uma das iniciativas adotadas pela Escola SEB, que faz uso de apps disponíveis nos sistemas operacionais tradicionais e também de aplicações desenvolvidas pela própria escola.
Alguns exemplos são a plataforma Educacross, para aprendizagem de lógica e matemática, com base em jogos; e o aplicativo Binóculo, utilizado por pais de alunos para acompanhar, pelo celular, a rotina de eventos, notas e demais detalhes do dia a dia dos estudantes.
O diretor de Ensino do SEB em Vitória, Vander Barbato, conta que a utilização de aplicativos e novas tecnologias é inevitável e positiva. Ainda assim, acredita que cada aluno aprende de um jeito diferente, o que traz a necessidade de um ensino que atenda a perfis mais tecnológicos e também aos mais tradicionais.
“Acredito que as escolas devem mesclar uma educação mais tradicional com experiências inovadoras. O ensino pode ser híbrido, mesclar um pouco de cada proposta, de cada corrente. Os alunos não aprendem todos da mesma forma, então, a forma de ensinar não pode ser toda de um jeito só”, completa.