Mais do que saber um segundo idioma

Ensino bilíngue ajuda a entender contextos socioculturais e a resolver problemas

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Foi-se o tempo em que aprender outras línguas na escola significava estudar as cores, os números e o verbo “to be”. Hoje, seja por exigência do mercado ou para inovar, as escolas oferecem muito mais do que aulinhas básicas de idiomas, que só estão na grade curricular para cumprir tabela.

O ensino bilíngue, integrado ao currículo escolar, tem sido adotado por muitas instituições privadas. As escolas enxergam nessa oferta a possibilidade de inserir o idioma de forma mais natural no dia a dia de crianças e adolescentes, fazendo com que o processo de aprendizagem de outras línguas seja mais natural e agradável.

Na Escola Múltipla, alunos aprendem idioma por meio de temas transversais, de forma mais orgânica

Mas, na prática, o que é o ensino bilíngue? Para o diretor de ensino da Escola Múltipla, Leonardo Gama, a escola bilíngue tem como propósito não só desenvolver mais de um idioma, mas ensinar habilidades para solucionar problemas e entender contextos socioculturais diferentes: “No nosso caso, em que optamos pelo inglês, os alunos têm aulas de temas transversais, em que o foco é ensinar competências, valores, respeito e diversidade cultural.”áreas de matemática, leitura e ciências”, destaca o fundador da Maple Bear no Espírito Santo, Frank Barcellos.

No Colégio Brasileiro de Excelência (Cobe), o ensino bilíngue dobrou a carga horária das aulas de inglês. “Integramos o inglês em várias atividades do colégio, na música, na convivência, permitindo que o estudante tenha um conhecimento acima da média do idioma, desde cedo”, conta Fernando Cobe, diretor da escola.

Apesar de ser um tema que divide opiniões de pais e especialistas – sobre qual é o melhor método, a frequência e a idade para começar a aprender -, o ensino de idiomas tem entrado na vida das crianças cada vez mais cedo.

Na opinião da doutora em Linguística e coordenadora pedagógica do Núcleo de Línguas do Programa Inglês sem Fronteiras, Claudia Kawachi Furlan, uma educação bilíngue desde cedo pode ser muito benéfica, desde que a experiência seja inserida de forma contextualizada e sem imposição dos pais.

“Às vezes, os pais têm uma visão muito mercadológica da língua, querem que os filhos saibam inglês para ter um emprego. Mas, se a criança tem só 2, 3 anos, é difícil pensar nisso. Por meio da língua, a criança tem contato com diferentes culturas, diferentes representações e práticas sociais. Pensamos na formação do aluno como pessoa, não apenas em um futuro proficiente”, defende.

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