O que o seu filho vai ser quando crescer? Talvez um nanomédico ou fiscal de mudanças climáticas ou até guia turístico no espaço. Os nomes parecem irreais e, no entanto, há dez anos, cargos, como analista de mídias sociais ou desenvolvedor de aplicativo de celular, não eram profissões existentes.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, as crianças de hoje vão trabalhar com carreiras que ainda não existem, resolvendo problemas que nem foram criados. Para o professor e diretor da escola UP, Fábio Portela, para o futuro, o profissional terá que ir além de seus conhecimentos técnicos.
“Não apenas a formação acadêmica do profissional será levada em conta, independentemente das áreas e das profissões que serão consideradas promissoras nos próximos anos, devemos pensar no comportamento, nas habilidades, capacidades, valores, ética e autoconhecimento dos profissionais. Esses já são e serão os diferenciais competitivos do mercado no futuro”, disse.
Segundo o relatório “O futuro do emprego”, a criatividade se tornará uma das três habilidades mais valorizadas pelos empregadores. Com a avalanche de novos produtos, novas tecnologias e novas formas de trabalhar, as pessoas terão que se tornar mais criativas para se beneficiar dessas mudanças. Os robôs podem nos ajudar a chegar aonde queremos mais rápido, mas eles não podem ser tão criativos quanto os humanos (ainda).
“É preciso que eles saibam ser criativos na resolução de problemas, assumir lideranças, executar tarefas complexas e saibam perceber a importância de boas relações, tanto no trabalho, como na vida cotidiana”, avalia o diretor da Escola Monteiro, Eduardo Costa. Ele acrescenta que a escola tem que conseguir fazer com o que o aluno conheça a si mesmo e ao outro para tornar o convívio em sociedade mais harmonioso e produtivo.
Uma pesquisa feita pelo Conselho da Agenda Global do Fórum Econômico Mundial sobre o Futuro do Software e da Sociedade mostra que as pessoas esperam que as máquinas de inteligência artificial façam parte do conselho diretor das empresas até 2026.
A inteligência emocional, que não aparece no top 10 das habilidades mais procuradas pelas equipes de Recursos Humanos hoje, se tornará uma das mais necessárias para todos no futuro. “É preciso trabalhar a inteligência emocional para que o aluno saiba proporcionar qualidade em suas relações, trazendo bem-estar para si mesmo e para os outros”, afirma o diretor da Escola Monteiro, Eduardo Costa.
Como será o profissional do futuro?
O Fórum Econômico Mundial listou, em 2017, as principais características do profissional do final do século XXI.
- Conhecimentos: matemática, português, ciência, comunicação e tecnologia, educação financeira, cultura e cidadania
- Competências: pensamento crítico e resolução de problemas complexos; criatividade; comunicação; colaboração
- Personalidade: curiosidade; iniciativa; persistência; adaptabilidade; liderança; respeito