Dentro da proposta das escolas bilíngues, aprender outro idioma não é apenas saber o que as palavras significam, mas, como explica a doutora em Linguística Claudia Kawachi Furlan, entender o que essas palavras representam e saber conversar sobre diferentes culturas. Nessa perspectiva, o aprendizado pode, e deve, ir além do inglês.
“Existe uma supervalorização do inglês. Claro que é importante, pensando no futuro, em trabalho. Mas, não podemos limitar a criança, que consegue, sim, aprender mais de um idioma por vez”. Claudia conta que os alunos da Criarte, Centro de Educação Infantil da Ufes, têm aulas em inglês, espanhol, francês e até italiano.
Com o apoio de estudantes de licenciatura nesses idiomas, são desenvolvidos projetos em sala, com crianças de 2 a 5 anos. “Não é positivo estimular mais do que o necessário. Também precisa ser apropriado para a idade, ser uma experiência lúdica, de brincadeira. É preciso pensar na língua como uma prática social que vai ajudar a criança, não somente como ferramenta para uso instrumental”, conclui.