Educação

Curso técnico para quem tem pressa

Quem quer ter qualificação,  mas não deseja passar vários anos na  faculdade para ter uma carreira, pode apostar nos cursos técnicos. Com média de dois anos de duração, os programas não exigem idade daquele que deseja aprender uma nova profissão ou se reinventar. Além disso, até 60% dos estudantes são absorvidos pelo mercado de trabalho assim que se formam.

De acordo com dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em média, profissionais com formação técnica ganham entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil.

Segundo Sandra Regiani de Araújo, diretora administrativa da Escola Técnica de Saúde do Espírito Santo (Eteses), o profissional consegue sair de uma escola técnica já com uma profissão. “A faculdade levaria, em média, de 4 a 5 anos para ser concluída, enquanto nossos cursos técnicos têm duração de até 2 anos. Hoje temos cerca de 2 mil alunos matriculados”, conta.

Ainda de acordo com Sandra, o curso técnico ensina a prática da profissão ao aluno, mas ele também recebe uma base teórica.

“Ter essa formação facilita a inserção no mercado de trabalho. Hoje as instituições procuram cada vez mais o técnico. O curso técnico é uma profissão e não apenas um caminho para chegar até ela”, comenta.

As opções de escolha para quem pretende fazer um curso técnico são bem variadas. No Estado é possível encontrar formação para administração, robótica, eletrônica, logística, segurança do trabalho, enfermagem, radiologia e estética. Além disso, há também cursos voltados ao setor industrial, como infraestrutura, automação industrial, soldagem,  manutenção automotiva e  torneiro mecânico.

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“A indústria, que é hoje o ramo das atividades que pagam os melhores salários do mercado, precisa muito desse profissional com a capacidade de saber fazer. Alguns cursos importantes, como mecatrônica, já estão treinando o trabalhador para a indústria 4.0, mais mecanizada”, revela o gerente do Instituto Senai de Tecnologia (IST), Edglei Marques.

O diretor da Contec Cursos Técnicos, Fernando Cobe, concorda com Marques, e enfatiza que hoje, além da área industrial, as de gestão, design e saúde têm carência de mão de obra técnica.

“Esses serão os profissionais mais solicitados após a recessão, principalmente na área industrial, como mecânica, eletrotécnica, edificações e segurança do trabalho. No momento em que o mercado apontar para uma evolução na economia, vamos ter uma onda ainda maior de pessoas à procura do curso técnico para conseguir empregos”, afirma Fernando Cobe.

De malas prontas

Alguns programas de intercâmbio permitem realizar cursos no exterior e até cursar graduação, mestrado ou doutorado. Para cada habilidade, área de atuação ou carreira há um país que melhor se adequa ao perfil do profissional.

Quem quer realizar a graduação no exterior  pode optar por  estudar integralmente ou parcialmente em instituições estrangeiras. Mas, para que isso ocorra, é importante saber junto à instituição em que estuda em seu país de origem com quais universidades estrangeiras ela possui convênio e depois consultar uma agência de intercâmbio.

Segundo a diretora da World Study Vitória,  Maria Clara Dável,  também há a possibilidade de realizar a graduação ou um outro curso e trabalhar no exterior.  “A pessoa pode optar por fazer um programa de trabalho durante as férias, programa de idiomas; frequentar uma escola de verão ou de inverno nas áreas de Direito  e Negócios; fazer cursos vocacionais, como Estética, Educação Física e Cuidados Infantis; cursar um técnico profissionalizante em Tecnologia da Informação, Marketing e Vendas com permissão de trabalho na área; ou frequentar uma escola de startup no Canadá”, exemplifica.

Os principais destinos escolhidos para esse tipo de intercâmbio são: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Argentina, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Suíça, Portugal, Irlanda e Japão.

 

VIAGENS

Os programas para turbinar o conhecimento

INTERCÂMBIO PARA ESTUDO DE IDIOMAS

Essa modalidade tem como objetivo aprender uma nova língua. Pode ser feito por pessoas que têm um nível inicial na língua estrangeira e por quem já possui nível mais avançado e deseja evoluir mais. Esse tipo de intercâmbio tem duração de um mês a um ano. Os principais locais escolhidos para a língua inglesa são Irlanda, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos e Austrália. Para espanhol: Espanha, Costa Rica, Argentina, Colômbia e Uruguai. E para o Francês: Sul da França, Alpes Suíços, Bruxelas, Genebra e Montreal.

 

ENSINO MÉDIO – HIGH SCHOOL

É possível cursar o ensino médio no exterior. O aluno, além das matérias tradicionais,  também terá contato com outra cultura e fluência em uma língua. Em geral, o estudante tem que ter entre 14 e 18 anos de idade, dependendo do programa de ensino médio no exterior e do país escolhido. Os principais destinos são: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, França, Suíça, Irlanda, Espanha, Suécia, Noruega, África do Sul, Coreia do Sul e Holanda.

 

GRADUAÇÃO

A graduação pode ser cursada integralmente ou parcialmente  em instituições estrangeiras. Para que isso ocorra, é importante saber junto à instituição em que estuda no  país de origem com quais universidades estrangeiras ela possui convênio e depois consultar uma agência de intercâmbio. Os principais destinos escolhidos para esse tipo de intercâmbio são: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Argentina, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Suíça, Portugal, Irlanda e Japão.

 

ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL

Além do curso de graduação, é possível fazer uma especialização profissional fora do país, como  pós-graduação, mestrado, doutorado ou algum outro curso que ofereça capacitação específica para um aspecto da área de conhecimento estudada. Além disso, há ainda a possibilidade de um mestrado ou doutorado “sanduíche”, no qual o estudante inicia a pesquisa no Brasil e viaja por um período que varia de 3 a 6 meses, de acordo com o objetivo da pesquisa. Os principais destinos escolhidos para este tipo de intercâmbio são: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Argentina, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Suíça, Portugal, Irlanda e Japão.

 

VOLUNTARIADO

Essa forma de intercâmbio possibilita que você aprenda uma nova língua enquanto ajuda pessoas. A viagem é para trabalhar em uma ONG ou um outro tipo de organização que realiza trabalhos sociais. Ela melhora as habilidades de fala e a compreensão da língua, que são desenvolvidas por meio do contato com outras pessoas. Os principais locais para este tipo de viagem são países como a África do Sul e Argentina.

WORK AND TRAVEL

Nesse tipo de intercâmbio,  a pessoa irá para outro país, por meio de programas de trabalho, que irão trazer  mais experiência para o currículo do profissional, aprendizado da língua estrangeira e novas vivências interpessoais. O destino preferido para esse tipo de intercâmbio são os Estados Unidos.

 

PESSOAS COM  MAIS DE 50 ANOS

Existem agências que oferecem intercâmbio como programa de viagem e aprendizado para pessoas mais velhas. Para participar dessa modalidade, é preciso ter mais do que 50 anos de idade. A duração mínima é de duas semanas, sendo que existe a possibilidade de fazer um combo com atividades culturais em espanhol, francês, italiano e inglês. Entre os destinos favoritos estão Espanha, Itália, França, Irlanda, Malta e Inglaterra.

Desbravando o mundo

Fazer as malas com destino a outro país e, de quebra, dar uma guinada na carreira profissional parece um sonho, mas pode se tornar bem real. Um intercâmbio pode proporcionar ao profissional um diferencial no mercado de trabalho, que está muito concorrido. Além disso, passar algum tempo fora do país de origem permite viver novas experiências culturais, renovar a criatividade e ter crescimento pessoal.

Para Maria Clara Dável, diretora da World Study Vitória, o intercâmbio não é só uma maneira de morar fora, mas de vivenciar a cultura do país onde ficará, conhecer como vivem as pessoas que vão para lá estudar e trabalhar, além de fazer network profissional.

“Muitas pessoas que perdem o emprego aqui no país conseguem recomeçar no exterior. Fazer um intercâmbio não é apenas sobre aprimorar a habilidade técnica, mas encontrar um lugar onde você possa trabalhar com o que gosta. Por exemplo, o Canadá e a Nova Zelândia sempre precisam de engenheiros civis e, no mercado nacional, falta espaço para esses profissionais”, explica Dável.

Além disso, segundo ela, quando se estuda um idioma fora, a pessoa fica sob imersão naquela língua.  “Nas escolas de idiomas para estrangeiros, os alunos estudam de segunda a sexta-feira. Quando você está no exterior e sai da sala, coloca em prática. Um mês de intercâmbio equivaleria a um semestre estudando no Brasil”, afirma.

Entre os principais destinos escolhidos por quem quer aprender o inglês estão Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.  Para aqueles que querem aprimorar o espanhol, Espanha, Costa Rica, Argentina, Colômbia e Uruguai são boa escolhas. Já para o Francês, o Sul da França, os Alpes Suíços, Bruxelas,  Genebra e Montreal são os locais ideais.

 

Além destes países de línguas inglesa, espanhola e francesa, ainda há a China (mandarim), o Japão (japonês), a Alemanha (alemão) e a Itália (italiano) como outros destinos que valem a pena ir para aprender o idioma e conhecer a cultura.

Não tem idade certa para estudar em outro país

 

Há desde intercâmbios infantis (para viajar em família)  a experiências no exterior  para quem tem mais de 50 anos e quer apenas curtir o passeio. A partir dos 5 anos, por exemplo, a criança pode viver essa experiência com os pais. Quem tem entre 14 e 18 anos pode fazer o ensino médio no exterior e, para os jovens e adultos,  há cursos de idiomas em outros países.

De acordo com a proprietária da Experimento Intercâmbio Cultural, Jackeline Teubner Guasti, para estudar fora, antes de qualquer coisa, a pessoa precisa estar aberta a mudar sua rotina,  independentemente da idade que tiver. “A partir do momento em que se tem uma experiência internacional, se aprende a lidar com situações diversas, um diferencial para o currículo.”

Sem limites para buscar qualificação

Com o mercado cada vez mais se afunilando, ter uma formação continuada, como uma pós-graduação, é um grande diferencial para crescer na carreira.As empresas, que têm aberto poucas vagas de emprego por causa da crise econômica, priorizam o recrutamento de profissionais que se qualificaram após a conclusão da graduação. E mesmo para aqueles que já atuam no mercado de trabalho, há opções de cursos em horários alternativos para que esses profissionais consigam conciliar as duas atividades.

Existem dois grandes grupos de cursos: os stricto sensu, que incluem os mestrados (acadêmicos e profissionais), doutorados e pós-doutorados, mais destinados para quem quer seguir a área acadêmica; e os cursos lato sensu, como especializações e MBAs. O segundo grupo, principalmente MBAs, é mais procurado por quem está trabalhando e busca aperfeiçoar a prática. Por isso, as aulas costumam ser marcadas à noite ou aos finais de semana. Ou seja, uma facilidade para quem quer enriquecer o currículo.

Coordenadora acadêmica da pós-graduação da Emescam, a professora Juliana Mattar pontua que o cenário das faculdades hoje aponta para cursos de graduação mais genéricos, e a pós como uma chance rica de focar em uma área. “É na pós que o profissional faz a ênfase desejada. Antigamente, já era suficiente ter uma graduação, mas hoje fazer uma pós é muito importante”, destaca a professora. Juliana lembra ainda que os cursos de especialização deixam os alunos mais preparados para o mercado. “A área de concentração do curso não caminha mais sozinha. Os bons cursos precisam estar permeados de gestão, de tomada de decisão. O profissional precisa dominar outras áreas, ser multifacetado”, comenta.

 

Além das opções mais tradicionais, o diretor da MMurad/ Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Ferraz, destaca  os cursos livres, de aperfeiçoamento. “Hoje estão muito em alta programas de curta e média duração, quando o profissional precisa se qualificar rapidamente. Cursos de 20, 30, 40 horas”, cita Ferraz.

Segundo o coordenador-geral da Faculdade Pio XII, Marcelo Loyola Fraga, é exigido dos profissionais capacidade analítica especializada em sua área de atuação. “Uma pós-graduação presencial é a mais indicada devido à interação frequente entre alunos e professores, bem como a discussão e debates intensos, especialmente com ferramentas práticas e dinâmicas, que devem ocorrer em sala de aula”, afirma.

O poder de transformação de um curso de pós-graduação é evidente, mas é preciso ter cuidado na hora de escolher qual caminho  seguir para continuar estudando.

 

Além de optar por uma instituição respeitada, reconhecida pelo Ministério da Educação, é necessário também saber qual linha de formação mais se adequa ao seu perfil: se há  afinidade com um curso mais acadêmico ou profissional. O  diretor da MMurad/ Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Ferraz, ressalta que o profissional tem que reservar  um tempo para refletir. “A escolha da formação tem que estar alinhada com aquilo que ele pretende alcançar. Por isso, essa reflexão é tão importante”, destaca o diretor da instituição.  Mestrados e doutorados são mais buscados por profissionais que desejam investir na carreira acadêmica, como professor e pesquisador. No entanto, muitos trabalhadores que atuam no mercado também procuram esse tipo de pós para estimular uma reflexão teórica e um crescimento profissional. Um mestrado dura, geralmente, de 12 a 24 meses; e o doutorado, entre 36 e 48 meses.

Já as especializações e MBAs (Master in Business Administration) têm como principal alvo profissionais atuantes no mercado que querem aprimorar conhecimentos específicos. Também têm uma rotina adaptada para atender a esse nicho, com aulas à noite ou aos finais de semana. A especialização é destinada principalmente para recém-formados e profissionais em transição de carreira, com uma duração mínima de 360 horas, geralmente. Já o MBA, que dura entre 18 e 24 meses, aborda muito práticas no mundo corporativo e é mais procurado por profissionais com cargos de coordenação.

Pós-graduação

Mestrados e doutorados são indicados para quem quer seguir a área acadêmica, enquanto  especializações e MBAs são adequados para quem busca se aperfeiçoar na prática da profissão

 

Crédito para estudar

Quando o governo federal reduziu o tamanho do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), muitos estudantes de baixa renda não sabiam como poderiam entrar para uma faculdade e ampliar as possibilidades na vida profissional.

Com a crise nessa modalidade de crédito, faculdades particulares do Espírito Santo criaram outras formas de ajudar alguns alunos a pagarem pelo curso. Em alguns casos, a parcela do primeiro semestre não tem aplicação de juros.

Resultado de imagem para fiesO Fies viveu seu auge em 2014, mas passou por mudanças nas regras de concessão do benefício, que restringiu o acesso, sofreu um drástico corte de recursos e viu a inadimplência aumentar. Quase todas as grandes faculdades capixabas continuam incluídas no programa do governo federal, mas têm um leque ampliado de opções para os alunos que precisam financiar as parcelas ou até mesmo correr atrás de uma bolsa parcial ou total.

“As mudanças nas regras do Fies criaram dificuldades de acesso e as escolas começaram a procurar novos caminhos ou ampliar outras opções. Os bancos privados também entraram nesse nicho”, comenta Antônio Eugênio Cunha, membro do conselho consultivo do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado do Espirito Santo (Sinepe) e membro do conselho de representantes da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

O representante do sindicato destaca ainda que, além dos bancos privados, algumas faculdades apostam também em financiamento próprio. “São programas da instituição, que conhece o perfil socioeconômico do aluno. Passaram [as faculdades] a ver então uma outra oportunidade na captação e facilitação de financiamento, porque não precisa criar tantas barreiras como no mercado de créditos”, complementa.

Entre as opções mais usadas pelas faculdades no Estado está o Faça Acontecer, crédito estudantil do Sicoob, que pode financiar até 100% de cursos de graduação, pós-graduação, MBA, mestrado e doutorado oferecidos por instituições conveniadas. Outros bancos, como o Santander e Bradesco, também têm programas junto a faculdades do Espírito Santo.

Preço atrai mais alunos para graduação on-line

Um dos fatores que mais motivam alunos a aderirem ao ensino a distância é o preço. Para se ter uma ideia, o custo desta modalidade chega a ser menos da metade de um curso presencial.

Mas o valor  mais em conta não significa baixa qualidade. Eduardo Gomes, diretor da Monteiro, que funciona como polo da PUC Minas no Espírito Santo, frisa que a  educação a distância privilegia a interação didático-pedagógico.

 

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“Curso a  distância não significa que seja solitário. Pelo contrário, o estudante é muito bem acompanhado, monitorado e também constrói uma rica rede de relações com os profissionais e colegas”, acrescenta o professor do Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc),  Geraldo Cezar Seidel Dalla Bernardina.

Para o diretor de pós-graduação em Ensino a Distância (EAD) da Universidade Estácio de Sá, Eduardo Senise, existem três perfis de alunos: os que querem empreender; os que buscam um curso para atuar em área diferente da graduação e aqueles que estão em busca de aumentos salariais e promoções.

Mas, segundo Senise, a melhoria na empregabilidade é a principal motivação dos estudantes.

 

Para o professor Luciano Santana, coordenador do curso de Recursos Humanos  EAD da Unicesumar, profissionais formados por meio da educação a distância desenvolvem habilidades requisitadas pelo mercado de trabalho. “As empresas estão, cada vez mais, exigindo colaboradores que são proativos, responsáveis, disciplinados e organizados com seu tempo. E essas são características desenvolvidas por estudantes da modalidade a distância”, analisa o coordenador.

Educação a distância rompe preconceitos

Crescendo  em todo o Brasil e também no Espírito Santo, o ensino a distância  (EAD)  vem ganhando muitos adeptos e quebrando preconceitos. Em 2017, essa modalidade expandiu  9,35% no Espírito Santo, segundo os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Já a quantidade de polos deu um salto de 59%.

Em 2016, 33.511 pessoas se matricularam em cursos superiores de EAD no Estado. Já em 2017, 36.645 alunos optaram por esta modalidade de ensino.

 

Professor do Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc) e mestre em Administração, Educação e Comunicação Geraldo Cezar Seidel Dalla Bernardina pontua que os cursos EAD exigem bastante disciplina dos estudantes.

“Há muitos cursos de nível elevado, que pedem bastante organização dos alunos, que são acompanhados por profissionais renomados e muito preparados”, comenta o professor.

Com preço mais baixo,  o ensino a distância é uma forma de democratizar o acesso à educação. Se antes a modalidade era considerada um tabu para as empresas, hoje não é mais, como destaca a coordenadora de gestão de pessoas e estratégia da Benevix, Tatiana Freitas.

“Não dá para fechar os olhos para os cursos EAD. É uma tendência de mercado. O que as empresas avaliam é a seriedade da instituição e não se é a distância ou presencial. Aqui na empresa valorizamos muito essa busca pelo autodesenvolvimento”, reforça Tatiana.

Coordenadora do polo de Vitória da Unicesumar, Juliana Gonçalves Grossi, destaca que o curso EAD tem o mesmo valor de um presencial. “O diploma não distingue as modalidades. O que vale é saber se a instituição tem autorização do MEC. A educação a distância vem evoluindo cada vez mais. Nos nossos cursos, por exemplo, os alunos conseguem assistir às aulas pelo celular, nem precisa do computador.”

 

O EAD muda a vida não só de quem vai entrar no mercado de trabalho, mas também de quem já está empregado. O operador de cobranças Ângelo Meirelles, de 44 anos, conseguiu alcançar novos caminhos onde trabalha depois que iniciou um curso a distância de Administração.

“Antes, tive  medo de não ter boa qualidade, mas hoje recomendo muito, gosto bastante. E tem a questão da flexibilidade dos horários. Conseguia conciliar o emprego, os estudos e, às vezes, atuava como motorista de aplicativo. Consegui crescer por causa dessa procura por formação, a empresa valoriza muito”, lembra.

 

Para saber se uma faculdade está credenciada para oferecer determinado curso a distância, o aluno pode pesquisar no site do Ministério da Educação. Já no endereço eletrônico do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o estudante tem acesso ao conceito que o curso recebeu nas avaliações do governo federal.

 

Modalidades

Da graduação à pós, há muitos cursos a distância, incluindo especializações e técnicos. Dentro  do EAD se dividem duas grandes modalidades: o semipresencial e o  a distância. O semipresencial abrange aqueles cursos em que até 20% do ensino pode ser feito de forma não presencial. Já na outra modalidade, 80% das aulas são a distância – o restante equivale às provas, apresentações de trabalho e seminário. “A Lei determina que as avaliações sejam aplicadas presencialmente nos polos”, explica o professor universitário Geraldo Cezar Seidel Dalla Bernardina.