Como lidar com as doenças crônicas e levar uma vida normal

As doenças crônicas são responsáveis por mais de 63% das mortes no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), e os idosos são a população mais acometida por elas.

As doenças crônicas têm características multifatoriais, ou seja, possuem causas variadas como questões genéticas, alterações fisiológicas do envelhecimento, além de fatores ligados aos hábitos adquiridos ao longo da vida, em especial os maus hábitos como ingestão alcoólica excessiva, tabagismo, sedentarismo, consumo de alimentos não saudáveis e obesidade.

De acordo com o médico geriatra Roni Chaim Mukamal, diretor da MedSênior, as doenças crônicas são fenômenos comum no envelhecimento que, se diagnosticados precocemente, podem ser tratados, fazendo com que o idoso consiga viver com elas de forma ordenada e com bem-estar.

“Há idosos que possuem um problema crônico, mas apresentam limitações porque a doença está descompensada ou deixou alguma sequela. Outros possuem mais de um problema crônico, porém, estão controlados e vivem muito bem”, relata.

A dona de casa Eudília Araújo Nascimento, de 72 anos, vinha passando mal com frequência e até chegou a ter desmaios. Fez exames e descobriu que tinha diabetes e pressão alta. Por recomendação médica, passou a fazer uso da insulina e de remédios para manter estável a taxa de açúcar no sangue. Apesar de algumas limitações provenientes da idade, Dilinha, como é chamada pelos familiares e amigos, leva uma vida normal, com cuidados.

Faz caminhadas e exercícios físicos regularmente, tem uma alimentação saudável e evita, ao máximo, alimentos que contém alto teor de açúcar. “Não deixo de fazer praticamente nada por causa das doenças crônicas, vivo em paz com elas. Eu vou à igreja, viajo, brinco com meus netos. Só tenho que evitar fortes emoções”, conta aos risos.

As doenças crônicas mais comuns na velhice são:

Hipertensão arterial – A hipertensão arterial – ou pressão alta – é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo.  A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. Há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos de vida do indivíduo.

Diabetes – A diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue, ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, obtida por meio dos alimentos, como fonte de energia. O organismo de uma pessoa com diabetes não fabrica e não consegue utilizar a glicose adequadamente, elevando sua quantidade a um nível alto, gerando a chamada hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Dislipidemia – A dislipidemia é caracterizada pela presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue. Colesterol e triglicérides estão incluídos nessas gorduras, que são importantes para que o corpo funcione. No entanto, quando em excesso, colocam as pessoas em alto risco de infarto e derrame. Existem dois tipos de dislipidemias: as primárias, de causa genética e as secundárias, que podem ser decorrentes de outras doenças – o diabetes descompensado, por exemplo – e também podem ser originadas pelo uso de medicações – diuréticos, betabloqueadores e corticoides. Situações como o alcoolismo e uso de altas doses de anabolizantes também podem alterar o perfil lipídico. Pessoas com diabetes tipo 2 têm maior prevalência de alterações do metabolismo dos lipídios. Assim, o tratamento da dislipidemia nesses pacientes pode e deve ser mais agressivo, a fim de reduzir a incidência de eventos coronários fatais.

Fonte: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Diabetes e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Como previnir

Segundo o Instituto Lado a Lado Pela Vida, mudanças nos hábitos são necessárias tanto no controle como na prevenção das doenças crônicas. Os fatores de risco evitáveis têm um papel importante no surgimento e na progressão destas doenças. Um estilo de vida saudável pode melhorar a expectativa e a qualidade de vida. Comece incluindo no seu dia a dia:

– Alimentação saudável e variada, rica em frutas, vegetais e cereais e com consumo reduzido de industrializados, açúcar e sódio.

– Atividades físicas regulares, programada (academia, esportes) ou não programada (recreativa).

– Consumo reduzido de bebidas alcoólicas.

– Deixe de fumar.

– Reservar um tempo para realizar atividades que tragam prazer, tranquilidade e relaxamento.

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