Um tributo à história

Nós crescemos ouvindo histórias sobre como foi a aventura para desbravar terras distantes do Espírito Santo e Minas Gerais. Muitos de nós guardam na família "causos" de avôs, bisavôs, tataravôs que viviam a viajar, carregando mercadorias, vendendo coisas, abrindo estradas, criando cidades. Eram tropeiros, caixeiros-viajantes, imigrantes em busca da terra para plantarem e viverem. As mulheres cuidavam da casa, da família, da lavoura. Essa grande reportagem é uma homenagem a todas essas pessoas, que ajudaram a moldar a rica cultura das terras capixabas, repleta de nuances imigrantes e costumes variados.

O cenário de tamanha saga é uma estrada construída há 200 anos pelo príncipe regente D. João VI, e que liga Ouro Preto a Vitória (ou vice-versa). Tudo começou quando a produção do ouro entrou em decadência, no final do século XVIII, e o governo português teve que buscar alternativas de riqueza para Minas Gerais. Até então, só existia a Estrada Real (Caminho Velho), de Paraty, no Rio de Janeiro, em direção a Ouro Preto, para transportar o ouro.

Nessa época, o Espírito Santo era apenas a “defesa natural de Minas Gerais”. Mas sem a riqueza do ouro, D. João VI ordenou, em 1814, a construção de outra estrada, que começou em 1815 e terminou em 1816. Era uma forma de abrir novas frentes de desenvolvimento e não ficar refém apenas do porto do Rio. Assim nasceu a Rota Imperial da Estrada Real São Pedro de Alcântara.

Pois bem, decidimos percorrer a rota e o resultado você confere agora, com cada detalhe desse caminho que pode ser vencido de carro, a pé ou até a cavalo, como faziam os tropeiros.

Aqui, você vai conhecer um pouco da essência dessa estrada, que além da sua rica história, oferece belas paisagens. E o melhor: encontrar personagens inesquecíveis, o que só é possível achar numa estrada como essa. E são muitos, afinal são 575 quilômetros de chão – 17 municípios mineiros e 15 capixabas. Claro, para percorrê-la é preciso espírito de aventura, alguns locais não possuem infraestrutura. Mas todas as dificuldades, acredite, são recompensadas. E você, agora, ao folhear as páginas da revista, vai poder fazer esse trajeto. Nossa intenção é inspirá-lo a realizar in loco o mesmo roteiro. Vale mesmo a pena!

A Equipe

Léo Soares - repórter

Wing Costa: repórter

Natália Bourguignon: repórter

Fernando Madeira: fotógrafo

Carlos Alberto Silva: fotógrafo

Guilherme Ferrari: fotógrafo

Bernardo Coutinho: fotógrafo

Vitor Jubini: fotógrafo

Marcelo Prest: fotógrafo

Ricardo Vervloet: fotógrafo

Edson Chagas: fotógrafo

Lara Rosado: produção

Juliana Borges: produção

Top