Depois de uma longa viagem por cidades históricas, locais com natureza preservada e uma infinidade de cachoeiras e fazendas produtoras de alimentos, chegamos à cidade que foi, originalmente, o destino final da Rota Imperial: Santa Leopoldina. Cortada ao meio pelo Rio Santa Maria, Santa Leopoldina abrigava o último quartel capixaba na rota: o Quartel do Cachoeiro de Santa Maria. Lá, além de local para repouso dos tropeiros, também funcionava um depósito para as mercadorias trazidas na viagem, que dali a diante desceriam o rio até chegar em Vitória. Ufa! Demorava, viu?
Detalhes da arquitetura de Santa Leopoldina
Dos últimos duzentos anos, restam as recordações passadas de geração a geração entre as famílias de imigrantes. Ah, e por falar neles, são de muitas origens diferentes: tiroleses, holandeses, austríacos, prussianos, pomeranos, alemães e até uma comunidade quilombola.
Mas a história também é vista no cotidiano da cidade. O casario antigo na principal via da cidade resiste ao tempo e é ocupado por bares, farmácias, bancos e residências. É o presente vivendo em imóveis com mais de cem anos de construção. E o centro também resiste ao trânsito, já que inúmeras carretas passam por essas ruas estreitas – e às vezes até ficam “entaladas” quando tentam passar juntas pela mesma rua.
Para Rosângela Rauta, secretária de Cultura e Turismo de Santa Leopoldina, a cidade é um caldeirão de etnias. “Santa Leopoldina tem uma variedade enorme de etnias. Aqui o turista participa efetivamente do cotidiano de pessoas de diversas origens. Ele pode passar o dia conhecendo a história dessas famílias. Aqui também já foi o comércio mais populoso do Espírito Santo. E tem a felicidade de ainda preservar um ar bucólico”, conta ela.