Aldaci dos Santos, 58 anos, é conhecida como Dadá da Bahia. É da sua cozinha, em Salvador, que saem pratos da gastronomia local que dão
Na véspera do Dia das Mães, mulheres que tiveram filhos em diferentes fases da vida nos contam os aprendizados que tiveram com a maternidade
TIVE MINHA primeira filha com 29 anos. E conto pra quem quiser ouvir: não foi nada fácil. Além da insegurança natural da primeia gestação, Duda teve refluxo grave e terror noturno. A primeira vez que dormi uma noite inteira, sem acordar nenhuma vez, ela ia fazer três anos. Lembro que saí correndo pro quarto dela, desesperada, achando que tinha acontecido alguma coisa. E ela estava lá, só dormindo – uma visão do paraíso. Teria muitos outros perrengues pra contar. Mas o que realmente importa é que todos eles viraram vagas lembranças.
O que ficou, de verdade, foi a transformação que Duda causou em mim, e a intensidade de nossa relação. A ponto de cinco anos de pois eu querer passar por tudo de novo. Nanda chegou mais calmamente, sempre foi dorminhoca e nunca teve refluxo. Foi tudo mais tranquilo. É claro que tem muito da personalidade dela, mas acho que o meu estado emocional influenciou nesse cenário, estava mais segura, sabia que daria conta. As mulheres de nossa matéria de capa de hoje – um especial em homenagem ao Dia das Mães – também se transformaram após a maternidade. Elas tiveram filhos aos 20, 30 e 40 anos, e nos c ontam o que aprenderam com essa relação. Cada uma tem uma experiência diferente. Mas todas garantem que “ser mãe”fez delas pessoas muito melhores. Eu não tenho dúvida.
Boa leitura. Mariana Perini
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