Especial

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A cozinheira da Bahia

Aldaci dos Santos, 58 anos, é conhecida como Dadá da Bahia. É da sua cozinha, em Salvador, que saem pratos da gastronomia local que dão fama à cozinheira soteropolitana. Natural de Sítio do Conde, na Bahia, ela aprendeu, desde cedo, os segredos das comidas e do dendê. “Comecei a cozinhar aos 5 anos, aprendendo com minha mãe e com as cozinheiras das casas onde eu ia lavar panelas”, lembra. Aos 16 anos, seguiu para São Paulo, onde conquistou ainda mais experiência. O destino, no entanto, fez com que Dadá retornasse a Salvador e montasse uma casa em sociedade com o filho da patroa. Passou a fazer marmitas e, aos poucos, formou freguesia fixa. Até que juntou dinheiro suficiente para comprar um barraco na favela. “Quando fui retirar a minha grana, descobri que o plano Collor tinha levado as minhas economias”, lembra. Mas ela não desistiu. Foi na favela que abriu seu primeiro restaurante. “Escolhi a Favela do Alto das Pombas, pois era onde eu morava e onde eu tive condições de alugar uma casa para morar. Nos fundos, abri um restaurante bem simples, porém cheio de aromas, delícias e com a minha simpatia”, conta ela, que estará na Serra esta semana para uma aula-show. Dadá, que já fez eventos para personalidades como Hillary Clinton e Will Smith, hoje é dona de dois restaurantes, “Sabores da Dadá”, no Rio Vermelho, e “Sorriso da Dadá”, no Pelourinho. “O meu apelido me foi dado pelo povo da minha cidade, de tanto eu pedir as coisas. Mas tudo começou com o Senhor Mota, um amigo meu”, finaliza ela, com um sorriso.

Fé.

O terço. É uma representação de Deus, nosso Criador. Com ele me sinto abençoada e mais perto do divino.

Não dou, não vendo e não troco.

A faca. É o item que representa a atividade que mais amo fazer, que é cozinhar.

Guardo com carinho.

O troféu Dólmã 2015. Um dos vários troféus que já ganhei, mas com um significado especial, pois o Prêmio Dólmã é considerado o reconhecimento máximo da gastronomia brasileira. Um privilégio ter sido premiada!

Lembrança.

É a foto. Um registro feito em visita ao aquário de São Paulo, ao lado das pessoas que amo: meus netos, minha filha Rafaela e minha sobrinha.

História.

O álbum. Nele estão fotos importantes da minha ida a Londres, onde dei aulas de culinária na Selfridges.

Não vivo sem.

A dolmã, que é minha vestimenta do amor! Está ligada à minha escolha de vida, ao ato de cozinhar, tão importante
para mim.

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