
Quem frequenta o apartamento de Sandra Matias, no décimo sexto andar de um edifício de Vitória, tem a sensação de que está em uma típica galeria de artes. Pelo espaço é possível admirar cerca de 50 obras, entre pinturas, esculturas, fotografia, gravura e instalação. “Sempre fui muito sensível ao campo das artes. Comecei minha coleção com uma escultura que ganhei do então namorado, Vilar. Logo depois adquiri uma pintura parcelada em diversas vezes, na antiga Galeria Usina. Naquele momento, senti que nascia uma colecionadora”, conta.

Ela conta que a decoração do imóvel acontece a partir de algumas obras. E o restante é feito com ajuda da decoradora. “Arte é uma manifestação do ser, essência da vida. Mas é lógico que pra essa manifestação se tornar obra de arte, além de um longo caminho do artista, preciso chegar ao aval de uma instituição ou galeria”, diz.
Pinacoteca
O professor universitário Rosindo Torres, 50 anos, também transformou sua casa, em Vila Velha, numa verdadeira galeria de artes. “Sempre gostei de arte e da estética, desde criança já fazia desenhos. Minha avó era artesã e me formei em Artes Plástica na Ufes. Comecei a minha coleção frequentando galerias e adquirindo peças de pequeno valor”, conta.
Ele chegou, inclusive, a participar do programa ‘Amigos do Museu de Arte Moderna de São Paulo’, onde integrava um grupo de gravura. Ali também comprou boas peças para a sua coleção. Quem visita a sua casa se sente numa pequena Pinacoteca. São obras de Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Hilal Sami Hilal, Rosilene Ludovico, Eduardo Berliner, entre outros. “Eu vivo isso. Comprar obras é o meu prazer, faz parte da minha vida e apropriação”.
Arte popular

São cerca de 100 obras de diversos artistas, entre eles Vitalino, Abelardo da Hora, Tania Pedrosa, Cida Lima. Uma das obras que mais chama atenção são as esculturas de barro produzida em Tracunhaém, Pernambuco, pelo artista Titino. “Nas viagens que faço sempre acabo trazendo alguma obra. Brinco que a decoração da minha casa é a harmonia do absurdo, que é você conseguir colocar de forma harmoniosa muitas coisas e de muitas cores”, diz Virginia, que tem uma galeria itinerante de arte popular.
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