Especial

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A França no caribe

Totalmente reconstruída após a passagem do furacão Irma em 2017, a ilha francesa de St. Barth foi reaberta no último dia 15 e se consolida como o destino dos milionários no Caribe
O beach club do Hotel Le Toiny promete ser um dos points na alta temporada. Lojas das melhores grifes, restaurantes famosos (como o Bagatelle), pratos surpreendentes e muita badalação fazem de St. Barth um destino como poucos, que une o chique da França e o caliente do Caribe.
Fotos: Divulgação /Mariana Perini

Da janela do pequeno avião, com pouco mais de 10 lugares, já dava pra ter ideia do que seriam os próximos três dias. Areia branca, mar azul–turquesa, paredões de pedra e muito verde. Reaberta no último dia 15 de outubro, após ser praticamente destruída pelo furacão Irma em 2017, St. Barth continua sendo o destino preferido dos milionários no Caribe. E não é à toa. Basta pousar na pequena ilha para entender de cara um dos motivos. O lugar é um pedacinho da França no Caribe. A língua oficial é o francês, e os moradores seguem o estilo parisiense de ser. Nada mais chique!
St. Barth, ou Saint-Barthélemy, é um território pertencente à França (de 21 km²), que fica no mar do Caribe, ao norte das Antilhas. Possui uma rede hoteleira de luxo, restaurantes de altíssima gastronomia, bares superbadalados e gente estilosa circulando pelas ruas. A principal cidade da ilha é Gustavia. Mas antes de dar uma volta por lá prepare-se pra gastar. Lojas como Louis Vuitton, Prada, Hermès, Burberry, Cartier, Dolce & Gabbana, entre outras, ostentam suas peças-desejo em vitrines de cair o queixo.

Gastronomia e balada

Mas nem só de compras vive Gustavia. Ainda bem. Alguns dos melhores bares e restaurantes da ilha ficam na cidadezinha. O Bonito é um deles. Com uma decoração clean, mas ao mesmo tempo intimista e aconchegante, além de uma linda vista para o porto, é um dos mais procurados da ilha. E como tem DJ, que toca a noite toda, também é bacana para quem quer apenas bater papo e tomar alguma coisa no bar. Os drinques, aliás, são maravilhosos. Não deixe de provar o Sex on the Bath. Se não pelo sabor, que seja para fazer fotos superdivertidas. A bebida, cheia de espuma, é servida dentro de uma mini banheira, com um patinho de borracha boiando sobre ela. O máximo!
O cardápio é pequeno, mas impressiona. Os ceviches, por exemplo, são maravilhosos, e há a opção de pedir uma degustação, com pequenas provas de cada iguaria do cardápio. Experimente também o Sauteed Mahi Mahi, prato que leva um peixe da região, arroz de jasmim de coco, cebola em conserva, pimenta, coentro, gengibre e manga.

Restaurante-bar-balada
Outra casa que merece ser visitada é a Bagatelle. Conhecida por estar em quase todos os balneários luxuosos e paradisíacos do mundo – como Ibiza, Saint Tropez, New York e a própria St.Barth – ele é um misto de restaurante (francês), bar e balada. Como restaurante, possui um amplo cardápio, de altíssima qualidade, que vai da pizza (a trufada é maravilhosa!) à salada de polvo, também deliciosa, ceviche, tartar e massa – o ravioli de trufa também é espetacular! Para sobremesa, minha dica é o crème brûlée servido dentro de uma mini abóbora ou a sopa, também de abóbora, com sorbet de maracujá. Parece estranho, mas – acredite! – vale a pena.

Como balada, principalmente na alta temporada e nos fins de semana, o local faz questão de manter a mesma personalidade de todas as outras casas ao redor do mundo: a medida que a música e o teor alcoólico aumentam, as pessoas começam a dançar até chegarem em cima das mesas. É quase que uma tradição. Os garçons, inclusive, vão além. Sobem nas mesas ou no balcão do bar e fazem performances. No dia que estivemos lá, eles escolheram a música-tema da série La Casa de Papel e se apresentaram com máscaras, capacetes, velas pirotécnicas e estouraram alguns champanhes. Portanto, se quiser apenas jantar, chegue cedo; mas se a ideia for curtir as festas, opte por chegar depois da meia-noite.
Pra quem ficou com vontade de conhecer a casa, e não pretende ir à St. Barth tão cedo, pode optar por São Paulo ou Rio de Janeiro, onde o Bagatelle chegou recentemente.

A ilha conta com praias belíssimas, frequentadas principalmente pelos hóspedes dos hotéis. No restaurante Bonito, não deixe de experimentar o drinque Sex on the Bath. Na trilha até a praia Colombier, é preciso tomar cuidado para não pisar nas tartarugas. Os bodes também são habitués
Fotos: Divulgação, Mariana Perini e Estevão Andrade
A ordem é relaxar
Destino preferido de milionários, celebridades e fashionistas, St.Barth é procurado principalmente por quem está em busca de relaxar e serviço de primeira. Gente que pousa seu jatinho no pequeno aeroporto da ilha ou ancora seus superiates nas praias paradisíacas do lugar.

 

E praias paradisíacas não faltam na ilha. Muitas são exclusivas dos hotéis e só podem ser frequentadas pelos seus hóspedes, mas a Colombier, por exemplo, é espetacular e pode ser usufruída por qualquer visitante da ilha. Só que, primeiro, é preciso fazer uma trilha de cerca de meia hora (ou mais) pra chegar até ela. O esforço, no entanto, compensa. Além do belíssimo visual, ao longo do caminho você vai cruzar com várias tartarugas. São tantas que é preciso até tomar cuidado para não pisar nelas. Outro habitué da ilha é o bode. Eles, assim como as cabras, adoram ficar se equilibrando nas grandes formações rochosas da ilha, inclusive nessas mesma trilha.

Barcos brancos ancorados deixam o cenário ainda mais bonito. Não à toa, a Colombier foi escolhida por David Rockefeller (um dos homens mais ricos do mundo), para ser o quintal de sua casa. Ele avistou a Baía de Colombier de seu barco, em 1957, e decidiu comprar 27 hectares de terra, onde construiu sua casa, uma obra-prima da arquitetura que hoje é propriedade de um russo. A mesma faixa de areia também já serviu de locação para um ensaio da grife Victoria’s Secret.

O único problema que vai encontrar ao chegar em Colombier é não querer ir embora. O mar é calmo, quente, e de um azul-turquesa impressionante. Só lembre de levar água e petiscos na mochila, já que não existe nenhuma infraestrutura no lugar. Além, claro, de chapéu e protetor solar. Feito isso é só estender a canga e agradecer por estar ali.
COMO CHEGAR 
São duas as maneiras para se chegar a St. Barth: de barco ou de avião.
De avião
Como o aeroporto da ilha só recebe aviões pequenos, é preciso desembarcar primeiro em uma ilha de maior estrutura que, no nosso caso, foi St. Maarten. Mas apesar de famoso, por possuir uma praia bem na cabeceira da pista, onde as pessoas ficam para fazer fotos pouco antes da aeronave pousar, o Aeroporto Internacional Princesa Juliana ainda não se recuperou dos estragos deixados pelo furacão, e deixa a desejar no quesito infraestrutura e atendimento. Mas o voo entre St. Maarten e St. Barth é rápido, demora cerca de dez minutos. Já na ilha francesa, você conta com o serviço dos táxis ou com o serviço de aluguel de carros para deixar o aeroporto, já que St. Barth não tem transporte público
De barco
Partindo de St. Maarten em um barco, esteja preparado para enfrentar muitas ondas. O trajeto na embarcação sai mais barato, mas, em compensação, demora cerca de uma hora e normalmente deixa muitos visitantes enjoados.
Mordomias e beleza
O branco (das construções, dos sofás, das mesas e almofadas) contrasta com os vários tons de azul (do céu, do mar e da piscina) e de verde (dos coqueiros e da mata que cobre algumas formações rochosas). Pra completar, uma música deliciosa inunda o ambiente. A sensação que se tem ao entrar no looby do Le Toiny, em St. Barth, é a ser apresentada ao paraíso. Totalmente repaginado após a passagem do furação Irma – que destruiu boa parte de sua infraestrutura – o hotel já virou a sensação da ilha e promete ser um dos espaços mais disputados do balneário nos finais de semana e na alta temporada.
Está com oito novas suítes – ao todo são 22 acomodações, ou vilas, como são chamados os mega quartos – possui um restaurante francês contemporâneo (aberto ao público), que conta com a assinatura do chef sul africano Jarad McCarroll, um spa que oferece massagens e serviço de manicure e pedicure aos hóspedes e um Beach Club que garante um dos mais bonitos sunsets de St. Barth.

Beach Club

Repleto de ombrelones abertos sobre espreguiçadeiras, mesas lindamente montadas sob a sombra das árvores, além de uma piscina e duas lojas que vendem biquínis e saídas de praia, o Beach Club Le Toiny convida o visitante a passar o dia em suas “dependências”. Se você, como eu, for fã de notícias e histórias em papel, leve o jornal do dia ou um bom livro, se esparrame em uma das espreguiçadeiras, peça uma bebida e curta o privilégio de estar lá. Se for mais adepto à tecnologia, abuse das fotos e vídeos – pra qualquer lugar que apontar a câmera sairá imagens lindas -, dos posts e dos stories. Isso, com certeza, te renderá vários likes.
E, claro, não saia da praia Le Toiny sem dar vários mergulhos. A água do mar é calma, quente e clara. Só não se entusiasme tanto na hora de entrar porque o fundo é de pedras, o que exige um pouco de cuidado para não machucar os pés.
Espere bater a fome nesse delicioso revezamento entre areia e água, e faça a sua escolha: você pode petiscar ali mesmo onde está ou se acomodar em uma das mesas que ficam embaixo das árvores para uma refeição mais completa. No dia que estivemos lá escolhemos essa última opção. Provamos vários pequenos pratos do cardápio, harmonizados com o vinho Miraval de Provence, um rosé leve e fresco que nos acompanhou em outros momentos da viagem.

Os rosés, aliás, parecem combinar com a atmosfera de St.Barth – assim como os champanhes. Na primeira noite no hotel, um outro rosé muito bom acompanhou nosso jantar: o Ott Chateau de Selle. Nesse dia fizemos um menu degustação e foi difícil escolher o melhor prato. Experimente o foie gras com pistache e abacaxi, o polvo ao alho com bacon e pimenta, o tartar feito com um peixe “local”, com limão, coentro e rabanete e, pra finalizar, o tagliatelle preparado dentro do um gigantesco parmesão italiano com trufas. Sensacional!

Vilas espetaculares
Os quartos (ou vilas) merecem especial atenção. Logo que cheguei ao meu, no fim de tarde do dia de Halloween, fiquei, literalmente, de boca aberta. O azul do céu do caribe ajudou, mas o fato é que o espaço, realmente, impressiona. Possui sala com sofá, mesa e um armário que abriga um frigobar, uma cafeteira, louças, talheres e cristais, além de algumas, digamos, guloseimas. Entre elas, champanhe Perrier Jouet, vodka Stolichnaya, Gin Bombay, macarons, sucos, castanhas, queijos, chocolates…

O banheiro conta com uma banheira vitoriana daquelas que dá vontade de entrar e ficar. E a varanda do quarto, possui, entre outras coisas, uma piscina privativa que, se houver necessidade, pode ser aquecida. Principalmente se o objetivo for dar um mergulho à noite. A varanda também é cenário perfeito para o café da manhã, que me foi servido no quarto com notícias do Brasil. Os ovos Benedict são “dos deuses”. Não deixe de provar.

Músicas de uma playlist do hotel tomam conta do ambiente, mas o hóspede pode fazer a sua própria lista no celular que fica à disposição na sala. Tudo com uma decoração que segue a linha de todo o hotel. Chique, mas ao mesmo tempo descolada, e clean, mas aconchegante.

 

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