Inovação é pré-requisito no digital

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Quase todas as marcas estão presentes no ambiente digital, mas, para se destacar, é preciso fazer diferente e se tornar relevante em meio a um mundo de informação

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As mídias digitais chegaram para aproximar as marcas dos consumidores. Se anteriormente os principais meios eram os anúncios em rádios, jornais e televisão, hoje são as mais variadas plataformas, cada uma com sua especificidade. Essa diversidade tem permitido que as empresas usem diferentes linguagens e alcancem o público de forma mais direta.

“Conseguimos saber com mais facilidade o que as pessoas esperam de nós, além de termos consciência da percepção delas sobre nossas campanhas e iniciativas sem qualquer intermediador”, declara Daniel Silber, gerente de Marketing do Guaraná Antarctica, uma das marcas que têm explorado a comunicação com o público no meio digital. A empresa, que figura entre as pioneiras na incorporação de webséries em campanhas, em 2009, se mantém relevante em todas as mídias sociais.

“Os consumidores ganharam muito mais poder, e isso obriga as marcas a serem mais transparentes e agirem rápido”
Adriana Barsotti especialista em publicidade e marketing

Uma das campanhas de maior sucesso da marca foi lançada no início de junho. Aproveitando a transmissão das competições do futebol feminino e do masculino, o Guaraná Antarctica convidou o jogador Allejo para comentar as partidas das seleções no Twitter. A estratégia, que uniu diferentes plataformas, conseguiu atrair os torcedores para as redes sociais da marca.

“Foi uma campanha de enorme repercussão e muito voltada para o Twitter, uma rede já muito utilizada para falar sobre futebol em tempo real. Trouxemos o jogador mais emblemático do Brasil no videogame, o Allejo, para assumir as nossas redes sociais. O #ModoAllejo no Twitter do Guaraná Antarctica gerou uma interação muito bacana com o público”, comenta Silber.

“Conseguimos saber o que as pessoas esperam de nós, além de termos consciência sobre a percepção delas de nossas campanhas”
Daniel Silber, gerente de marketing da Ambev

REDES SOCIAIS

A presença em massa dos consumidores nas redes sociais também mudou a forma como eles se relacionam com a marca. Hoje, uma reclamação feita no perfil de uma empresa gera um retorno mais rápido do que uma ligação para a central de atendimento. Recentemente, uma publicação no Twitter do padre Fábio de Melo sobre um serviço do Bradesco criou um movimento interessante no ambiente digital.

Ao dizer que um cartão de crédito foi bloqueado pelo banco, o padre recebeu diversas mensagens de outras empresas. Bancos, como o do Brasil, Sicoob e Santander usaram a reclamação para oferecer, de modo descontraído, o mesmo serviço, porém exaltando as vantagens de cada marca. O Bradesco não ficou para trás e logo respondeu, pedindo os dados do padre para que o problema fosse resolvido.

“Destaca-se no mercado quem se aventura, experimenta, inova. A internet permite isso” Marcelo Pacheco , especialista em marketing digital

“Os consumidores ganharam muito mais poder, e isso obriga as marcas a serem mais transparentes e agirem rápido. Elas precisam conversar, dialogar. Não dá para correr ou ignorar um problema”, ressalta a especialista em Publicidade e Marketing Adriana Barsotti.

Contudo, a potencialização das informações nas mídias sociais pode ser um problema para as marcas. Adriana alerta que as empresas precisam estar atentas à maneira como o público replica sua satisfação ou insatisfação com o que consumiu.

“Comentários bons ou ruins a respeito de uma marca ou empresa não representam apenas a opinião pessoal de alguém, mas ajudam a formar outras opiniões que afetam diretamente o consumo de outras pessoas, principalmente quando elas são feitas no ambiente digital”, diz.

Tendo isso em mente, a Cervejaria Ambev criou o Draftline, um bureau de conteúdo que acompanha diariamente as conversas dos consumidores nas redes sociais e a interação com oito marcas da companhia.

“O objetivo é criar, participar de conteúdos relevantes e que ganhem a atenção do público, sempre dentro do contexto, territórios da marca e timing adequados”, explica o gerente de Marketing Daniel Silber.

O Pag, uma empresa que nasceu digital, também tem apostado na comunicação rápida e direta.

A grande maioria dos serviços é feita de forma on-line, com atendimento 24 horas por dia, sete dias da semana, por meio de um aplicativo.

“A gente quer que as pessoas utilizem o tempo delas consigo mesmas, e não em fila de banco, atendimento demorado. Quando você dá possibilidade ao consumidor de fazer tudo de forma digital, além de atender a uma necessidade dele, cria uma relação, já que para fidelizá-lo você vai precisar usar um atendimento virtual bem personalizado, como o Pag faz”, afirma o CEO da empresa, Felipe Félix.

“Quando você dá possibilidade ao consumidor de fazer tudo de forma digital, além de atender a uma necessidade dele, cria uma relação”
Felipe Félix, CEO do Pag

ORIGINALIDADE

Para se sobressair no meio digital, as empresas têm apostado em uma comunicação inteligente e divertida. Nesse aspecto, a Netflix é um dos exemplos de maior sucesso. A marca utiliza diferentes estratégias para proporcionar interação com o público, como memes do momento, vídeos que viralizaram na semana e até da realidade política do país.

No Facebook, uma das redes sociais mais utilizadas pelo público para interagir com a marca, a Netflix possui mais de 58 milhões de curtidas na página, além de milhares de comentários. De jeito descontraído e inteligente, a marca tem se consolidado no mercado e atraído, cada vez mais, não só consumidores, mas também admiradores do seu trabalho.

“Destaca-se no mercado quem se aventura, experimenta, inova. A internet lhe permite isso, e a marca precisa se utilizar dessa plataforma para ganhar o público e estreitar cada vez mais a relação com ele”, finaliza o especialista em Marketing Digital Marcelo Pacheco.

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