Cuide das borrachas para evitar infiltração no carro

Drenos também merecem atenção para impedir umidade e cheiro de mofo no carro

Se basta chover para aparecer água em algum ponto do carro, mesmo com os vidros fechados, os tapetes aparecem molhados sem motivo aparente, surgem manchas no acabamento interno ou fica aquele cheiro de mofo um tempo depois, é preciso estar atento: pode ser um sinal de que os drenos do veículo e as borrachas de vedação não estão funcionando como deveriam.

Esses componentes merecem cuidado, pois são eles que protegem o carro de infiltrações de água.

“Os drenos do veículo, que são como ralos para o escoamento da água, podem entupir com o acúmulo de poeira ou folhas que caem nos veículos estacionados sob árvores. O indicado é limpar esses locais uma a duas vezes por ano. Quem circula muito em estrada de chão pode aumentar essa frequência”, explica o diretor da Oficina Renova, Fábio Tessarolo.

Ele também orienta que é preciso inspecionar o estado de conservação das borrachas de vedação, as chamadas guarnições, presentes nas portas, para-brisa e tampas.

Tessarolo alerta que, sob o carro, há peças de vedação que podem ser arrancadas ao passar em quebra-molas, facilitando a entrada de água na parte inferior do veículo.

“Uma vez instalada a umidade dentro do carro, é preciso levar a uma oficina de confiança que irá fazer uma inspeção para descobrir por onde está entrando a água. Dependendo do estágio, pode ser preciso desmontar, lavar e secar peças”, afirma.

Um dos sinais de que a água infiltrou é perceber que os vidros ficam embaçados quando o veículo é exposto ao calor. Outra forma de notar isso é o barulho nas portas ou no teto enquanto se está dirigindo, conforme explica o coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), Gerson Burin.

Ele orienta que o motorista, sempre que possível, verifique o dreno frontal (no para-brisa e capô), o lateral (nas portas e soleira) e o traseiro (no porta-malas).

“Nos carros equipados com teto solar, o cuidado precisa ser ainda maior: o dreno superior (do teto) entope com facilidade. Nessa situação, o reparo pode ser bem mais caro, caso haja necessidade, por exemplo, da troca da forração do teto, devido à exposição a essa circunstância”, alerta.

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