Fiat Toro ganha versão de entrada manual e opção com capota rígida

Versão de entrada da picape agora tem motor 1.8 e câmbio manual

A Fiat Toro é líder de vendas entre as picapes médias e grandes, com 29,5% de participação no mercado, nos primeiros seis meses do ano. Mas a montadora quer ocupar mais espaço. Para preencher lacunas que levam consumidores a outras picapes e até outros segmentos, a montadora anunciou novas versões: duas de entrada, com uma opção manual, e uma topo de linha que chega no fim do ano, com características mais próximas dos SUVs.

A maior novidade são as novas versões de entrada Toro Endurance. A primeira tem motor flex 1.8, câmbio manual de cinco marchas, custa R$ 92.990 e vem mais voltada para o trabalho, espaço que hoje também é ocupado pela Renault Duster-Oroch, na faixa dos R$ 70 mil. A segunda é a Toro Endurance 2.0 a diesel, com câmbio automático de nove marchas e tração 4×4, que sai por R$ 129.990, para brigar com picapes de trabalho, só que maiores, como Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10.

Em ambas, a caçamba vem com santantônio, e o vidro traseiro traz barras de proteção para evitar danos no transporte de cargas, reforçando seu aspecto mais pesado para o batente.

Já a nova Toro Ultra chega no último trimestre com motor 2.0 diesel de 170 cv, tração 4×4 e câmbio automático de nove marchas. A maior mudança é uma tampa rígida, que transforma a caçamba em um porta-malas, promete melhor vedação contra infiltração de água e é removível. A intenção é se aproximar dos SUVs, que ainda não fazem parte do portfólio da marca. O preço vai ficar acima da versão topo atual, Ranch, que custa R$ 159.990.

Visual

Uma das mudanças em todas as versões do carro é a central multimídia maior, com tela touch de 7 polegadas e conectividade com Android Auto e Apple CarPlay. O item é de série, exceto na Endurance. No visual, a frente ganhou um para-choque de impulsão com quebra-mato e também há três novas cores: Prata Billet, Marrom Deep e Azul Jazz.

As versões Freedom podem vir com o pacote S-Design – o “S” vem de shadow (sombra, em inglês). Ele custa R$ 5 mil, é instalado na fábrica e inclui faixas adesivas pretas no capô e tampa da caçamba, santantônio e estribos laterais pretos, forrações nos bancos em tecido e couro e pintura escurecida nas rodas e retrovisores.

Teste

Testamos a nova versão Endurance manual no lançamento no Recife (PE). Um dos pontos positivos é o câmbio curto, com uma alavanca pequena e bem ergonômica. Com 135 cv e torque de 18,8 kgfm a 3.750 rpm, o motor ainda demora a deslanchar, mas a picape fica um pouco mais ágil que na versão automática – onde é mais perceptível a perda de potência nas trocas das marchas. Em rotações mais altas, desenvolve melhor, mas é preciso estar atento ao consumo, que na gasolina é de 11,2 km/l na estrada e 9,6 km/l na cidade.

A posição de dirigir é agradável, a cabine é silenciosa e você esquece que está em uma picape. Ela encara asfalto e estrada de chão sem grandes impactos na suspensão. O espaço interno é confortável, embora as áreas de porta-trecos pareçam mal aproveitadas. Já o acabamento, apesar de mais simples na versão, faz bonito

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