Fenatran: Futuro do transporte é elétrico, autônomo e altamente conectado

Caminhões elétricos ou movidos a combustíveis mais sustentáveis, com tecnologias semiautônomas e de conectividade, são destaque na Fenatran

O comportamento do mercado de transportes e logística é sempre um termômetro para a economia brasileira. E a boa notícia é que ele se recupera bem. Nesse contexto, as marcas aproveitam a Fenatran (o Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas) para vislumbrar um futuro otimista, que é elétrico, autônomo e conectado.

Mercado vai bem

Para se ter uma ideia, mais de 61% de toda a carga transportada no território nacional é feita por caminhões. E a expectativa para 2019 é que sejam produzidos perto de 88 mil veículos pesados, um crescimento de 17% ante o ano de 2018, que já havia sido promissor. Segundo a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, em 2018, foram licenciados 75.987 mil caminhões, um crescimento de 46,3% em relação a 2017.

Durante a Fenatran – que aconteceu entre os dias 14 e 18 de outubro no São Paulo Expo -, assim como nos últimos salões internacionais do automóvel, o destaque é a busca por combustíveis mais sustentáveis. Segundo a Scania, o transporte é responsável por 18% das emissões de CO2 no meio ambiente. Para liderar a transição para um setor sustentável, a marca aposta em caminhões movidos a GLP (gás liquefeito), GNV (gás natural) ou biometano (biogás). A linha é equipada com motor V8 de 16,4 litros com o mesmo rendimento de um similar movido a diesel. Com biogás, a redução de emissões de CO2 pode chegar a 90%.

A MAN (Volkswagen Caminhões) também aposta em soluções sustentáveis em seu primeiro caminhão 100% elétrico, o e-Delivery, que chega ao mercado em 2020 nas versões de 11 e 14 toneladas.

A CNH Industrial, grupo do qual a Iveco faz parte, investirá US$ 250 milhões na Nikola Corporation para a produção de caminhões movidos a célula de combustível. Esta parceria resultará na produção em série de uma nova geração de caminhões elétricos, alimentados só a bateria ou por meio de células de hidrogênio.

Nikola vai produzir caminhões elétricos movidos a célula de combustível / Iveco/divulgação

Entre os destaques apresentados no salão também estão tecnologias semiautônomas e de conectividade vistas em carros de passeio.

Caminhão dispensa o retrovisor

A maior aposta da Mercedes-Benz é a nova linha Actros. O extrapesado vem com a tecnologia MirrorCam, que dispensa os tradicionais retrovisores. Imagens captadas por câmeras externas são exibidas em duas telas de 15 polegadas no interior da cabina, uma no lado do motorista e outra no lado do passageiro. O motorista pode ver o que acontece ao redor do caminhão até mesmo com o motor desligado. Garantindo mais segurança na hora do descanso.

O modelo também tem tecnologias encontradas nos carros da Mercedes-Benz, como controle de estabilidade, assistente de ponto cego, de fadiga – que alerta quando o motorista dá sinais de exaustão – e sistema de frenagem ativa. Se o motorista se distrai e um pedestre ou outro carro entra na frente, o caminhão para completamente. Segundo a Mercedes, com todas essas tecnologias, 40% dos acidentes com caminhões seriam evitados. O Actros também vem com central multimídia que espelha o celular, tornando o contato do motorista com a família e fornecedores bem mais fácil e seguro.

Caminhão mais rápido do mundo chega a 276 km/h

Motor tem 2.400 cavalos e 600 kgfm de torque / divulgação/volvo

O Volvo Iron Knight, o caminhão mais rápido do mundo, que chega aos incríveis 276 km/h, também estava presente. Imagine um caminhão arrancando de 0 a 100 km/h em apenas 4,6 segundos. Com mais de 2.400 cavalos e 600 kgfm de torque, possui 2 recordes mundiais de velocidade: dos 500 e 1.000 metros, reconhecidos pela Federação Internacional de Automobilismo, a FIA.

Viagem a convite da Anfavea

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