SUV tem lista recheada de equipamentos e motor turbo 1.6 turbo de 122 cavalos
Depois de alguns anos sem lançar novidades, as vendas da Citroën caíram drasticamente em todo o país. Para virar o jogo, a marca apostou no segmento que mais cresce: o de SUVs compactos. Apresentou o C4 Cactus, que já se tornou o carro-chefe das concessionárias da marca.
Antes de chegar ao Brasil, passeava nas ruas da Europa com chamativos – e de gosto duvidoso – airbumps laterais. O visual é parecido, mas por lá ele se encaixa na categoria de hatches médios. Para cruzar o oceano, ficou 3,3 cm mais alto e com mais 2,25 cm de altura livre do solo. Com isso, o SUV produzido em Porto Real, Rio de Janeiro, tem comprimento de 4,1m, largura de 1,7m, altura de 1,5m, entre-eixos de 2,6m e 22,5 cm de altura livre do solo. O porta-malas tem 320 litros.
O Cactus tem duas opções de motores (1.6 aspirado e turbinado) e duas de transmissão: manual de cinco marchas e automática de seis. A mecânica é a mesma do Aircross e C4 Lounge. O motor 1.6 aspirado desenvolve 115 cv com gasolina e varia seu rendimento com etanol de acordo com a transmissão: 122 cv (manual) e 118 cv (automático). Com o câmbio manual, são 15,5 kgfm de torque com gasolina e 16,4 kgfm com etanol, a 4 mil rpm. Com câmbio automático oferece sempre 16,1 kgfm.
O propulsor turbo conta com injeção direta e é associado sempre a um câmbio automático com modos econômico e esporte. Ele gera 166 cv de potência com gasolina e 173 cv com etanol sempre a 6 mil rpm. O torque máximo, obtido a 1.400 rpm, é de 24,5 kgfm.
Equipamentos
A opção mais barata, Live, que custa R$ 68.990, tem motor 1.6 aspirado e câmbio manual. Entre os equipamentos, ar-condicionado e direção com assistência elétrica. A seguir vem a configuração Feel, que custa R$ 73.490 com transmissão manual e R$ 79.990 com automática (todas as versões automáticas incluem controle de tração e assistente de partida em rampa). A versão Feel adiciona faróis de neblina, câmera de ré, rodas de alumínio de 17 polegadas e piloto automático. Há ainda uma opção com equipamentos opcionais, que custam R$ 5 mil e incluem itens, como acendimento automático dos faróis, ar-condicionado digital, airbag lateral e teto de duas cores.
A Shine é equipada com o motor 1.6 turbo e câmbio automático. Custa R$ 94.990 e acrescenta ar-condicionado digital, rodas aro 17 diamantadas, painel de bordo com revestimento sensível ao toque, acendimento automático dos faróis, limpador de para-brisa automático, airbag lateral e bancos e volante com acabamento em couro. Ela tem um pacote de opcionais (por mais R$ 4 mil) que engloba tecnologias voltas à segurança. Entre elas, sensor que ativa a frenagem automaticamente, quando for detectado um risco de colisão em velocidades entre 5 km/h e 85 km/h. Um aviso também é acionado, se o condutor cruzar as faixas da pista sem sinalizar; e um alerta será emitido, se for detectado sinal de fadiga do motorista.
Central multimídia tem tela de 7 polegadasExperiência
Dirigimos versão Shine com este pacote. Por dentro, há conforto e um ambiente agradável aos olhos. Nas portas e nos bancos, há detalhes que remetem aos airbumps do modelo europeu, que ficam arrojados. Há espaço suficiente para cinco adultos viajarem.
A dirigibilidade é boa: sobra potência para o carro de 1.214 kg. Arrancadas, retomadas e ultrapassagens são feitas com louvor. Outro destaque é a suspensão, com conjuntos McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, que é macia nas imperfeições do solo.
Os porta-objetos são funcionais mas, por outro lado, a central multimídia nem tanto. Ela tem compatibilidade com Android Auto e Apple Car Play, mas o problema é que tem funções demais. O ar-condicionado, por exemplo, só é ajustado na tela. O que é um pouco chato e até distrai o motorista. Os alertas de segurança, por outro lado, são bem funcionais. Durante nosso passeio a Pedra Azul, sempre que chegávamos perto demais do veículo da frente, o Cactus avisada.