Carros novos sempre chamam a atenção. Se for um esportivo, então, atrai muito mais olhares. Mas, se ainda por cima for um conversível, o veículo mobiliza todas as atenções, junta gente em volta e transforma seu motorista em uma espécie de “celebridade instantânea”. É o caso da versão “cabriolet”, do Chevrolet Camaro SS 2019, a mais recente geração do esportivo. É um típico representante do gênero conhecido como “muscle car”: esportivos norte-americanos com duas portas, motor potente e tração traseira.
O cupê custa R$ 328.990 – R$ 13 mil a mais do que o concorrente Ford Mustang, que é vendido no país apenas na carroceria cupê, por R$ 315.990. Já o Camaro conversível, equipado com capota retrátil com acionamento elétrico, atinge os R$ 365.990.
Na cabine, a nova geração da central multimídia MyLink 3 permite comandar o ar-condicionado pela tela sensível ao toque, além de configurar a iluminação. Vem com Google Android Auto e Apple Car Play, câmera de ré e navegador GPS. Já o retrovisor interno dá lugar a uma tela que exibe as imagens por uma câmera posicionada na traseira. O painel ainda tem marcador de voltas, cronômetro para aceleração de zero a 100 km/h e indicador de força G.

Há opção para personalizar a iluminação em leds do interior com diversas cores. No console da transmissão, estão o comando para os quatro diferentes modos de condução e o freio de estacionamento eletrônico. Sobre o painel, um head-up display colorido disponibiliza informações do painel.
Em um esportivo, o motor é sempre a estrela principal. O do Camaro é o famoso LT1, o mesmo usado no Corvette. Trata-se de um 6.2 de 461cv e 62,9 kgfm, todo feito em alumínio. Tem injeção direta de combustível e sistema de desligamento de cilindros, atuando como um V4 no modo Passeio.
Segundo a montadora, a aceleração de zero a 100 km/h pode ser feita em 4,2 segundos, com máxima limitada em 290 km/h. O novo câmbio automático de dez marchas – no modelo anterior, eram oito – é o mesmo usado pelo Ford Mustang e foi desenvolvido conjuntamente pelas duas marcas. Ele oferece o “launch control”, um controle de largada que possibilita arrancadas mais brutais.

“Transformer”
O motor obviamente tem força de sobra. Pode ser mais esportivo no modo Pista, mas também oferece outras três opções de condução: a Passeio, ideal para passear e economizar combustível; a Sport, ligeiramente mais “nervosa”; e a Neve/Gelo, para pisos de baixa aderência. Em cada uma das opções, a rigidez da direção, a atuação dos controles de estabilidade e de tração, o mapeamento da transmissão e as respostas do motor são alteradas. Até as cores das luzes internas do habitáculo mudam. Ou seja, cada mudança transforma o Camaro em um carro diferente. Em todos os modos, o conjunto oferece uma instigante percepção de segurança.
O modelo tem barras estabilizadoras maiores, suspensão reforçada, freios Brembo redimensionados e rigidez torcional da carroceria aprimorada. Na prática, tudo isso se traduz em uma dirigibilidade muito boa, com uma estabilidade realmente fora do comum – o carro faz curvas em alta velocidade como se houvesse trilhos invisíveis no chão.

A transmissão de dez marchas é muito ágil. Oferece relações bem curtas e com trocas suaves, que garantem um motor sempre “cheio”, com giro otimizado. Jamais falta força quando o motorista aperta o pedal. Outra novidade mecânica é o controle de largada. Com o sistema, um “kick down” no acelerador proporciona uma arrancada ainda mais absurda.

Há também a função “burn out”, que é mais prudente nem testar. Possibilita aplicar o freio apenas nas rodas dianteiras, enquanto as traseiras são aceleradas, giram e “fritam” até que o motorista solte o pedal, o que produz uma nuvem de fumaça e detona os pneus caríssimos – mais de R$ 2 mil cada. Mesmo para milionários extravagantes, certamente há maneiras mais criativas de desperdiçar dinheiro. E o Camaro conversível nem precisaria disso: combinada ao motor poderoso e à possibilidade de se viajar com cabelos ao vento, a tração traseira já garante bastante diversão. Os freios Brembo felizmente honram as boas tradições da marca e se mostram precisos na tarefa de reduzir rapidamente a velocidade.(Agência AutoMotrix)
