Avaliamos o Mitisubishi ASX no rali e ficamos em 2° lugar na categoria

Espaço e estilo costumam ser o ponto forte da maior parte dos SUVs do mercado. A união destas características caiu feito uma luva no mercado brasileiro, e a categoria virou a escolha de muitas famílias. No entanto, quem realmente busca um utilitário esportivo compacto para curtir trilhas e trechos off-road nos fins de semana tem opções restritas. Somente Ford, Jeep, Mitsubishi e Renault oferecem produtos para este público, com tração 4×4.
De olho neste mercado a Mitsubishi incluiu o ASX no seu rali de regularidade, o MotorSports. A proposta é que o proprietário possa participar de uma prova com seu veículo original, sem nenhuma adaptação. Nós já conhecíamos o bom desempenho do ASX na cidade, mas para testar no off-road, encaramos a prova e nos saímos bem: ficamos em segundo lugar na categoria.
MOTORIZAÇÃO
Todas as versões do ASX são equipadas com um motor 2 litros bicombustível que atinge a potência máxima aos 6 mil rpm e entrega 160 cv com gasolina e 170 cv com etanol. O torque máximo, obtido aos 4.250 giros, é de 22 kgfm com gasolina e 23 kgfm com etanol. A transmissão é do tipo CVT, com opções de trocas manuais por grandes aletas fixas na coluna de direção. No modo esportivo, o câmbio simula seis velocidades.
Para as configurações com tração integral AWD, o ASX oferece sensor de chuva, faróis automáticos, chave presencial, partida do motor por botão, retrovisores com rebatimento elétrico e airbags laterais, de cortina e para os joelhos do motorista.
A versão mais barata do ASX custa R$ 104.990. Com a tração integral, a opção mais barata passa para R$ 122.990. Se o cliente optar por essa configuração e quiser incluir teto solar panorâmico e faróis de xenônio com regulagem automática, terá que desembolsar mais R$ 8 mil.
NA TERRA
É quando o motorista sai do asfalto que o ASX com tração 4×4, como o avaliado, deixa evidente porque custa mais. O sistema atua sob demanda, sem intervenção do motorista. Apesar de atuar de forma automática quando necessário, o ideal é acionar manualmente (ao toque de um botão no console central) quando entrar em trechos mais complicados, assim, a entrega de força é dividida de forma igual para cada eixo.
Além disso, o funcionamento dos sistemas eletrônicos são mais notados nessa situação, evitando que o veículo perca o controle durante alguns abusos. Foi também durante a prova de rali que as borboletas para trocas de marcha foram utilizadas, principalmente para reduzir a velocidade – ativando desta forma o freio motor.
No dia a dia, a não ser em pisos escorregadios, o indicado é deixar apenas o 4×2 funcionando. A vantagem neste caso é o menor consumo. Em nossa avaliação, utilizando gasolina e tração 4×2, o consumo urbano foi de 9,5 km/l e na estrada chegou aos 12,2 km/l.
Outro recurso eletrônico é o Hill Assist, que não deixa o veículo descer para trás quando se para em subidas. É bastante útil em manobras de estacionamento e em relargadas de rali em ladeiras.
O conforto dentro da cabine foi um destaque nos terrenos mais acidentados. Sofremos menos do que o esperado em um rali.
MERCADO
Entre os concorrentes, apenas a Ford oferece um produto com motor 2.0, transmissão automática, suspensão traseira independente e tração AWD, o EcoSport Storm. O veículo produzido em Camaçari custa R$ 108.390. A Renault possui uma versão com esse tipo de tração para o Duster, mas o câmbio é manual. Custa R$ 82.090.
A Jeep possui o Renegade com tração 4×4 com reduzida, um sistema mais robusto. No entanto, o equipamento está associado apenas a motorização diesel. Assim o preço inicial passa para R$ 127.990.