A importância da relação entre netos e avós

Com a expectativa de vida aumentando no Brasil, existem vários programas direcionados para o público que se encontra na melhor idade. Mas uma das tarefas, em especial, não possui muitos requisitos, basta experiência de vida e amor: a convivência entre avós e netos. E isso, vovôs e vovós têm de sobra.

A assistente social Mônica Piontkwski afirma que, por meio do diálogo com os netos, os avós transferem valores que têm sido deixados de lado e se mostram abertos à inserção de novos conceitos. Por outro lado, os netos os atualizam com novas informações que surgem a cada dia, como o avanço na tecnologia. “Um aprende com o outro, é uma troca de informação entre gerações”, conta.

A aposentada Nadir da Conceição Fernandes Bianchi, de 70 anos, tenta passar para a neta Pamela, de 10, toda a sua experiência de vida, com bons ensinamento e educação. Todos os momentos do seu dia, praticamente são ao lado da neta. “Fazemos tudo juntas: almoçamos, vamos à igreja, até na hora de dormir, ela dorme comigo”, conta.

Nadir conta, ainda, que aprende muito com Pamela. “Ela me ensina muita coisa: ela adora conversar, me ajuda a caminhar quando sinto dificuldade, me lembra de tomar os remédios. Também ensinamos orações uma para a outra antes de dormir. Minha neta é muito especial”, derrete-se a avó.

Pais que trabalham fora sempre ficam preocupados sobre com quem deixar seus filhos enquanto estão ausentes, mesmo quando contam com a ajuda de um profissional. Nessas horas, muitos avós exercem a função de babá sem reclamar. E todos saem ganhando. “Além de haver uma interação absolutamente confiável e saudável, os avós contribuem para a educação e a formação de seus netos, ajudando seus filhos a manterem suas rotinas e fortalecendo o vínculo familiar. Os avós são experientes, e o suporte emocional que eles dão é essencial para a criança. Sem contar que contribuem para uma proximidade entre todos”, afirma a assistente social.

O que diz a ciência sobre os benefícios dessa relação

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os avós com a mente saudável aumentam as chances de sobrevivência dos filhos de seus filhos porque, assim, são capazes de transmitir a eles seus conhecimentos e habilidades. Como um reforço à teoria, eles conseguiram identificar

em vários genes mutações relativamente novas que protegem contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, que costuma aparecer em pessoas idosas.

De acordo com os cientistas, parece haver uma seleção natural diante dos olhos. As pessoas que têm esses genes vivem mais (porque estão protegidas contra as doenças neurodegenerativas) e, consequentemente, conseguem colaborar mais com a criação dos netos, pois estão saudáveis.

“Os idosos gostam muito de conversar e contar histórias, e essa troca de experiências contribui para o desenvolvimento social e intelectual dos netos, visto que eles aprendem sobre uma época que não viveram, os avós tornam-se referência para eles. Eles se sentem úteis por poder compartilhar seus ensinamentos e também estão dispostos a aprender o que a geração de seus netos têm a ensiná-los”, conclui Mônica.

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